Com o aumento da temperatura no Tocantins, Agência de Metrologia dá dicas importantes para economizar energia

Um dos principais vilões de consumo de energia é o ar-condicionado. Importante analisar marca, modelo e consumo, antes de comprar.

Junho chegou e, com ele, o aumento da temperatura no Tocantins, época em que é difícil abrir mão do uso de ar-condicionado e ventilador para aliviar o calor. Época também em que aumenta a ingestão de líquidos gelados e do uso de geladeira e freezer. É o momento em que cresce a procura por eletrodomésticos que ajudem a amenizar o tempo quente. Por isso, é necessário que o consumidor tenha acesso a informações que o levem a economizar na conta de energia elétrica.

Nesse sentido, a Agência de Metrologia, Avaliação da Conformidade, Inovação e Tecnologia do Estado do Tocantins (AEM-TO), órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), orienta a sociedade sobre o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e sua importância na hora de adquirir eletrodomésticos.

A Agência de Metrologia atua visando a concorrência leal, a proteção à vida humana, animal e vegetal, a proteção ao meio ambiente e a prevenção de práticas enganosas de comércio, a fim de garantir a qualidade dos produtos que estão disponíveis para comercialização. “Enquanto órgão ligado ao Sistema de Defesa do Consumidor, temos trabalhado no sentido de orientar a sociedade e fomentar a constante busca para aprimorar a qualidade”, aponta a Presidente Grazielly Oliveira.

Eficiência energética

Para ajudar no consumo racional de energia no Brasil, o Inmetro criou o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que classifica os aparelhos de acordo com sua eficiência energética, auxiliando o consumidor a fazer uma compra mais consciente. Os produtos classificados com a letra A são os mais eficientes. Dependendo do eletrodoméstico, essa classificação pode chegar a G para os menos eficientes, como é o caso dos refrigeradores.

Considerar informações das etiquetas do Inmetro nos eletrodomésticos é muito importante, mas mudanças sutis de hábito também podem evitar desperdícios e melhorar os gastos com energia elétrica.

A economia na compra não significa menos consumo de energia

É importante salientar que os lojistas não podem tirar a etiqueta dos produtos antes da venda, pois elas servem para informar o consumo energético do equipamento.

É válido destacar que não é obrigatório que o produto consuma menos energia. No entanto, é obrigatório que o consumidor tenha ciência do que está comprando. Se ele adquirir um produto com a eficiência D, com certeza terá um consumo (gasto) maior com a energia elétrica, do que se tivesse adquirido um equipamento com o selo A. Assim, a economia na compra não significa menos consumo de energia. O consumidor tem que ler o Selo Inmetro, que visa orientar na hora da compra, indicando quais produtos apresentam os melhores níveis de eficiência energética, dentro de cada categoria, o que resulta em economia na conta de energia elétrica.

Sobre a Etiqueta de Selagem 

Os equipamentos que recebem o Selo A possuem o melhor índice de eficiência energética da sua categoria. São submetidos a ensaios específicos em laboratórios idôneos, sendo comprovadamente mais econômicos. O consumidor, ao adquirir um produto com este selo, está garantindo economia na conta de energia elétrica.

A etiqueta de selagem, com letras de A a G, informa a eficiência energética: letra A é a mais eficiente e G é a menos.

Consumidor deve gastar tempo na leitura da embalagem

Rótulos, embalagens e etiquetas também são propagandas e não podem ser enganosos. Ao certificar um produto, o Inmetro se torna responsável por assegurar que tudo o que está sendo anunciado nas propagandas e nas embalagens da mercadoria pode ser visto como verdade. Isso quer dizer que a empresa fabricante compromete-se com todas as informações, desde a quantidade que comporta, a energia que utiliza até os riscos à saúde, entre outras.

Dicas importantes que ajudam a economizar energia

Ar-condicionado

  • Antes de comprar, calcular o efeito no consumo de energia.
  • Multiplicar a energia consumida pelo aparelho em kWh (kilowatts hora) pela tarifa de energia praticada.
  • Na dúvida entre dois modelos, comparar o consumo de ambos e dar preferência ao que consuma menos energia. Eventualmente, se esse produto for um pouco mais caro, pode ser que a diferença de preço se pague ao longo dos meses pela economia na conta de luz.
  • Evitar o abre e fecha de portas dos ambientes refrigerados.
  • Fechar as janelas e isolar bem o ambiente para que o ar frio não escape.
  • Se cabível e possível, usar cortina e toldos, que diminuem a incidência do calor do sol no ambiente, o que também contribui para o isolamento térmico.
  • Não acreditar no mito de que ao configurar o aparelho de ar-condicionado para 17ºC ele vai gelar o ambiente mais rapidamente. A velocidade de refrigeração será a mesma, com a diferença de que o compressor do seu aparelho trabalhará mais até atingir a temperatura de 17ºC.
  • Manter a temperatura em 23ºC, que é a recomendada pelo Inmetro, porque, em geral, é nessa temperatura que o ar-condicionado apresenta melhor funcionamento.

 

Ventilador

Tradicional item nos lares brasileiros, o ventilador pode ser um bom aliado para aplacar o calor, consumindo menos energia que o ar-condicionado e, consequentemente, gerando menor custo. No chão, no teto ou na parede, é sempre uma opção mais em conta para refrescar os ambientes.

  • Observar a quantidade de vento que o ventilador é capaz de produzir. A etiqueta do Inmetro contém informação quanto à vazão do ventilador. Assim, se dois modelos consomem a mesma quantidade de energia, optar por aquele de maior vazão, porque certamente será capaz de ventilar mais que o outro.
  • Optar pelos produtos de maior eficiência: o índice de eficiência energética constante na Etiqueta traz essa relação entre vazão (“quantidade de vento”) e energia consumida.
  • Fazer a limpeza e manutenção para facilitar a circulação do ar, seja qual for o modelo do ventilador.
  • Verificar se os parafusos estão sempre firmes e as hélices balanceadas. No caso do modelo de teto, verificar se a lâmpada é a indicada pelo fabricante.
  • Dimensionar adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente e só deixar ligado enquanto você estiver no espaço.

 

Refrigerador

É no verão que as altas temperaturas demandam mais dos refrigeradores.

  • Observar o distanciamento da geladeira das paredes. É preciso que haja espaço suficiente para que ocorra a troca de calor – isto também vale para o refrigerador cujo condensador seja embutido nas laterais.
  • Evitar a entrada de ar quente também é uma boa dica, porque toda vez que isto ocorre a geladeira tem que trabalhar mais para manter as temperaturas adequadas para conservar os alimentos.
  • Evitar abrir e fechar a porta o tempo todo, visando impedir a entrada de ar quente do ambiente no interior do refrigerador.
  • Organizar os itens da geladeira para saber onde eles se encontram e não precisar fazer escolhas com a porta aberta.
  • Nunca colocar alimento quente na geladeira. Esperar a comida esfriar fora até chegar à temperatura ambiente.
  • Verificar as borrachas (gaxetas) das portas do refrigerador periodicamente. Sujeira e ressecamento comprometem o isolamento que elas devem proporcionar.
  • Não colocar roupas para secar no condensador (aquela serpentina preta que em geral fica atrás do refrigerador), pois isso impacta diretamente no consumo de energia, aumentando-o.

 

Foto: Brenda Ramos/Governo do Tocantins

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