Aproxima-se a temporada da florada dos ipês e o Tocantins se transforma num imenso jardim de 277.621 km²

O Estado do Tocantins, por ter um bioma de cerrado, é rico em ipês das quatro qualidades, e Palmas poderia se tornar a Capital Mundial dos Ipês, equiparando-se ao Japão com a florada da cerejeira, que é uma das paisagens mais bonitas do mundo.

A natureza programou a florada dos ipês no Brasil para ocorrer em diferentes períodos:

  • junho-julho: ipê-roxo;
  • julho-agosto: ipê-amarelo;
  • fim de agosto: ipê-rosa; e
  • setembro: ipê-branco e ipê amarelo.

Observa-se que a natureza presenteou os amantes do ipê amarelo com duas temporadas: julho-agosto e setembro, quando não seria, propriamente, o prolongamento da estação da sua florada, mas uma nova florada, um novo ciclo.

Os ipês são árvores que produzem flores em abundância, nas cores rosa, roxa, branca e amarela. O ipê é uma árvore mágica, linda e imponente.

A tabebuia, conhecida popularmente como ipê-amarelo, ipê-do-cerrado, ipê-pardo, ipê-preto, ipê-roxo, ipê-tabaco, ipê-una, ipeúva, pau-d’arco – que inclusive dá nome a um município e cidade do Estado do Tocantins –, pau-d’arco-amarelo, peúva, piúna, piúna-amarela, piúna-roxa, piúva, piúva-do-cerrado e paratudo, é o gênero neotropical mais comum da família Bignoniaceae.

Em 1978, a Lei 6.507 oficializou o ipê como A Flor Nacional do Brasil. Seus nomes, tanto científico quanto popular, vêm do tupi-guarani; ipê significa árvore de casca grossa; e tabebuia, na língua dos povos primitivos, significa pau ou madeira que flutua. É uma árvore ornamental, nativa do cerrado e do pantanal brasileiro. É conhecida como planta do mel no Brasil e na Argentina. Sua florada ocorre de junho a setembro, transformando a paisagem do cerrado brasileiro num imenso jardim e proporcionando beleza e riqueza. O seu néctar é sugado pelas abelhas, que o transformam em um dos mais deliciosos produtos da natureza, nutritivo e saudável, o mel silvestre, que é utilizado como alimento in natura e também nas indústrias alimentícias, cosméticas e na Big Pharma (indústria farmacêutica mundial).

A madeira do ipê é muito utilizada em construções, cercas, canoas, artesanatos, produtos da indústria moveleira, construção civil e atividades rurais. Além disso, o ipê é uma planta medicinal. Suas cascas, flores, folhas, sementes e raízes são muito utilizadas na medicina ameríndia e na fitoterapia, para cicatrização de feridas internas e externas e para prevenção e tratamento de uma grande variedade de doenças, como anemia, amigdalite, infecção urinária, bronquite, candidíase, infecção na próstata, mioma, cistos nos ovários, inflamações em geral, úlceras e infecções bacterianas e fúngicas.

O Estado do Tocantins, por ter um bioma de cerrado, é rico em ipês das quatro qualidades. A flor do ipê, em especial do ipê amarelo, impacta a alma das pessoas pela sua beleza, causando encanto e magia aos olhos de quem tem o privilégio e o prazer de contemplar esse jardim natural feito por Deus. A florada do ipê amarelo, orgulhosamente, anuncia as chamadas chuvas da flor do pequi, que, normalmente, ocorrem entre o fim de julho e mês de agosto, na aproximação da primavera e chegada da estação das chuvas. “Na verdade, o ipê amarelo poderia ser, através de lei, transformado em patrimônio nacional da humanidade como a flor mais bonita do mundo”, disse Valdomiro Rodrigues de Jesus, um velho sertanejo de Minas Gerais, falecido em 30 de novembro de 1993 e sepultado em Palmas.

Palmas poderia se tornar a Capital Mundial dos Ipês, equiparando-se ao Japão com a florada da cerejeira, que é uma das paisagens mais bonitas do mundo, tendo se tornado grande atração turística milenar e fonte de renda para milhares de nativos daquele país. Há quem aposte na beleza das flores dos ipês para transformar Palmas num grande ponto turístico nacional e até internacional, por causa da beleza dessas flores que encantam pessoas de todas as idades.

Fotos: Flávio Clark

 

 

 

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