Os republicanos tentaram várias vezes aprovar esta lei na câmara alta desse estado do sudeste americano, composta principalmente por homens, enfrentando a oposição dos cinco senadores, três dos quais, republicanos, desafiam as instruções do seu partido.
Durante os debates, a republicana Sandy Senn acusou os colegas homens de “esbofetear simbolicamente as mulheres ao levantar repetidamente a questão do aborto”.
Mas os senadores contrários ao aborto reuniram, finalmente, votos suficientes para votar a favor desta medida que vai ter consequências no acesso ao aborto porque, às seis semanas de gravidez, as mulheres podem não saber que estão grávidas.
Antes de se tornar lei, a proposta hoje aprovada vai ser assinada pelo governador republicano Henry McMaster, que não escondeu as suas intenções.
“Mal posso esperar para assinar este texto para torná-lo uma lei o mais rápido possível”, regozijou-se no Twitter, explicando que, assim, o seu Estado protegeria “mais vidas inocentes”.
A Supremo Tribunal dos Estados Unidos, em junho, derrubou a proteção constitucional do direito ao aborto, deixando os estados livres para legislar sobre o assunto e, desde então, cerca de quinze proibiram-no no seu solo.
A Carolina do Sul, cercada por vários estados que proibiram o aborto, tornou-se um refúgio para mulheres que desejam interromper a gravidez.
Fonte: jn.pt
Foto: Sean Rayford