Operação Passe Livre, da Polícia Federal, investiga financiadores e apoiadores de bloqueios em rodovias no Tocantins

A PF informou sobre a investigação relacionada ao cometimento do crime de abolição violenta do Estado de Direito, descrito nos arts. 359-L e 359-M do Código Penal.

Federais cumpriram, ao todo, dez mandados de busca e apreensão contra investigados na denominada Operação Passe Livre. Eles são de Palmas, Alvorada, Guaraí e Paraíso do Tocantins e foram intimados a prestar esclarecimentos sobre os bloqueios de rodovias, após o resultado das eleições presidenciais.

A investigação começou a partir do término das eleições 2022, com o início dos movimentos que tentavam interferir no resultado do pleito. De acordo com a PF, o nome da operação faz referência aos bloqueios rodoviários realizados no ano passado, que prejudicaram uma enorme parcela da população brasileira, tanto pela restrição da locomoção quanto pelo atraso no transporte de produtos e mercadorias.

Em entrevista à TV Anhanguera, nesta quarta-feira, 24, o delegado da PF, Marcelo Dutra, informou que o objetivo da operação é averiguar a participação dos investigados como financiadores dos atos que causaram bloqueios em diversos pontos de rodovias no Estado do Tocantins; dentre eles, o da ponte entre Palmas e Luzimangues.

Ainda segundo o Delegado Dutra, houve repasse, via Pix, para arrecadação de dinheiro que custeasse o movimento e apoio logístico com máquinas e veículos. No Tocantins, foram fechados mais de 20 trechos em quatro dias e, na época, a Polícia Rodoviária Federal multou 68 manifestantes nas rodovias federais que cortam o Estado.

A Operação Passe Livre foi desencadeada por decisão expedida pela 4ª Vara Federal de Palmas e conta com a atuação de mais de cinquenta Policiais Federais. A PF informou que a investigação está relacionada ao cometimento do crime de abolição violenta do Estado de Direito, descrito nos arts. 359-L e 359-M do Código Penal, e visa garantir a ordem pública e segurança das instituições democráticas.

Os investigados na operação são: Bruno Figura; Lincoln Lima Garcia Bernardo (Lincoln Bonanza); Giovani Souza Lucaroni; Nelcivan Costa Feitosa (Pastor Nelcivan, cabo reformado da PM e digital influencer) e Thiago Marasca Moura – todos de Palmas.

Em Alvorada, os investigados são: Juares Miranda Pimentel (advogado) e  Antonio Deuzimar Siriano de Souza (vendedor). Em Guaraí, é investigado Valdimárcio Guimarães Pereira. Em Paraíso, Andrey Macedo Da Silva e Adriano Andrade Titoto.

Foto: Alessandro Ferreira

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