Comércio de Palmas sente reflexo da economia neste mês de maio

Palmas ainda depende, economicamente, do funcionalismo público para se manter ativa e de pé. Nos finais de meses, as vendas no comércio caem consideravelmente, até entrarem os pagamentos dos servidores públicos.

A economia de Palmas ainda depende essencialmente do funcionalismo público para se manter ativa e de pé. Nesse final do mês de maio, após as festividades do aniversário da Capital, os estabelecimentos comerciais, principalmente os supermercados, estão ligeiramente vazios. Somente daqui a uma semana, quando são liberados os pagamentos dos órgãos públicos, é que o comércio terá, sazonalmente, a volta da normalidade, com as compras do mês da população.

O Tocantins é um estado pujante, embora seja um estado novo, com a estabilidade da economia em construção. E Palmas, sua capital, ainda não conseguiu se desvencilhar da dependência financeira do funcionalismo público. Como o pagamento dos servidores públicos só acontece uma vez por mês, no final de cada mês, o comércio sente uma queda brusca na movimentação dos seus caixas. Esse fenômeno praticamente não acontece nas outras grandes cidades do Estado, que já estão com suas economias razoavelmente consolidadas. Apenas pequenos municípios ainda dependem dos pagamentos das prefeituras municipais, que também dependem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), para pagarem a folha de pagamento dos servidores, fornecedores e prestadores de serviços, e assim girar a economia local.

As autoridades, isto é, os gestores, tanto do Estado como de Palmas, até têm se esforçado para fazer a economia andar, mas os vendavais – altos e baixos – econômicos do Brasil refletem, consideravelmente, na expansão econômica de Palmas, principalmente no quesito industrialização, ou seja implantação de indústrias de médio e grande portes, que é a força motriz que alavanca o desenvolvimento econômico de qualquer cidade. Hoje, já tem aqueles que veem com bons olhos a capacidade de desenvolvimento da Capital do Tocantins como um centro de vários segmentos da indústria, como indústria moveleira, metalúrgica, têxtil, calçadista, que, com certeza, iriam promover o crescimento econômico da cidade de maneira exponencial.

A Cidade de Palmas está numa localização altamente privilegiada e tem todas as condições de escoar a sua produção industrial para os diversos pontos do país. O corredor multimodal (aeroporto de cargas, Ferrovia Norte-Sul, Hidrovia Tocantins-Araguaia e Rodovia Belém-Brasília) coloca cidade numa posição vantajosa, que amplia sua capacidade para vender toda a sua produção dentro e fora do país.

Quando a cidade alcançar o patamar de industrialização, assim como Anápolis, Aparecida de Goiânia, Ribeirão Preto, Franca, Birigui, São José do Rio Preto, muitas cidades do Sul do país e algumas do Nordeste, não precisará mais depender, economicamente, do dinheiro dos funcionários públicos para manter os seus comércios com as lojas movimentadas durante todos os dias do mês.

Foto: Flávio Clark

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