“Com grande tristeza, anunciamos a perda de almas preciosas devido ao incêndio. O número de mortos agora é de cerca de vinte e várias pessoas ficaram feridas”, referiu o Departamento de Informação Pública da Guiana em comunicado.
O incêndio na escola secundária de Mahdia, cidade no centro da Guiana, um pequeno país da América do Sul, ocorreu entre a noite de domingo e hoje.
As autoridades iniciaram o envio de medicamentos e suprimentos médicos para a área para tratar os feridos. No total, sete menores estão prontos para serem transferidos por via aérea para Georgetown, a capital do país.
Pelo menos um avião com três feridos chegou a Georgetown, observou um jornalista da agência de notícias AFP.
O primeiro-ministro da Guiana, Mark Phillips, formou uma equipa para tratar do assunto e lançar um plano médico para cuidar das vítimas e familiares.
“Pedimos à população que continue a orar pelas crianças, as suas famílias e as comunidades da região”, referiu uma nota do Governo.
“Este é um grande desastre. É horrível, é doloroso”, declarou hoje de madrugada o Presidente da Guiana, Irfaan Ali, que já se havia deslocado para o aeroporto em Georgetown.
“Estamos a organizar socorro médico em grande escala (…) Também ordenei que sejam organizados dispositivos especiais” nos dois principais hospitais da capital “para que toda criança que precise de atenção receba o melhor atendimento possível”, acrescentou o chefe de Estado.
Aviões particulares e militares foram enviados para Mahdia, cerca de 200 quilómetros ao sul de Georgetown, já que a região é também afetada por fortes chuvas.
“Os nossos sentimentos estão com as famílias e entes queridos das pessoas afetadas por esta tragédia”, disse Natasha Singh-Lewis, parlamentar da oposição.
“Pedimos às autoridades que realizem uma investigação completa sobre as causas do incêndio e forneçam um relatório detalhado sobre o que realmente aconteceu. Devemos entender como este evento horrível e mortal aconteceu e tomar todas as medidas necessárias para evitar que tal tragédia aconteça novamente no futuro”, acrescentou Singh-Lewis.
A Guiana, um pequeno país pobre de língua inglesa com 800.000 habitantes e ex-colónia holandesa e depois britânica, possui uma das maiores reservas de petróleo ‘per capita’ do mundo e espera um rápido desenvolvimento nos próximos anos com a exploração destas reservas.
Especialistas estimam que a bacia Guiana-Suriname contenha cerca de 15 mil milhões de barris de reservas de petróleo associadas a importantes jazidas de gás.
Fonte: jn.pt