Rayyanah Barnawi e Ali Al Qarni descolaram a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX às 17.37 horas locais (22.37 horas em Portugal continental) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Também estão a bordo Peggy Whitson, ex-astronauta da NASA, que já visitou a Estação Espacial Internacional em três ocasiões, no comando da missão, e o empresário americano John Shoffner, o piloto. “Obrigado por depositar a sua confiança na equipa da Falcon 9”, disse à tripulação o engenheiro de motores da SpaceX, Bill Gerstenmaier, minutos após o lançamento. “Façam uma ótima viagem na Dragon”, acrescentou, referindo-se à nave espacial.
“Serei a primeira mulher astronauta saudita e representar a região é um grande prazer e uma honra, que me deixa muito feliz”, disse Barnawi, cientista que estuda células estaminais, durante a conferência de imprensa realizada esta semana.
Al Qarni, por sua vez, é piloto de combate. “Sempre fui apaixonado por explorar o desconhecido e admirar o céu e as estrelas”, afirmou. “Esta é, portanto, uma oportunidade maravilhosa para seguir esta paixão, desta vez para voar entre as estrelas”.
Os quatro vão passar dez dias a bordo da Estação Espacial Internacional, aonde devem chegar às 14.30 horas de segunda-feira.
Espera-se que, durante a sua estadia, os quatro tripulantes realizem cerca de 20 experiências científicas. Uma delas é estudar o comportamento das células estaminais na gravidade zero.
Esta não é a primeira incursão deste rico país petroleiro no Espaço. Em 1985, o príncipe saudita Sultan bin Salmane participou numa missão americana. Mas esta nova viagem espacial faz parte da estratégia para melhorar a imagem ultraconsevadora do reino do Golfo Pérsico, onde até alguns anos atrás, as mulheres não podiam sequer conduzir. A Arábia Saudita criou a Autoridade Espacial Saudita em 2018 e lançou um programa para enviar astronautas no ano passado.
Fonte: jn.pt