Líderes africanos iniciam em junho missão de paz entre Moscou e Kiev

Os líderes de seis países africanos vão iniciar em junho uma missão de paz entre a Rússia e a Ucrânia, anunciou fonte do Governo sul-africano.

A iniciativa de paz africana é promovida pelos chefes de Estado da África do Sul, Zâmbia, Senegal, República do Congo, Uganda e Egito, com o apoio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, referiu o diretor-geral do Ministério das Relações Internacionais e Cooperação sul-africano, Zane Dangor.

“No início de junho, os seis chefes de Estado irão deslocar-se entre as capitais Moscovo e Kiev para se envolverem nas conversações agendadas e pelo menos chegar a um cessar-fogo”, declarou o responsável sul-africano, citado pela imprensa local, sem avançar datas.

Zane Dangor, que falava no comité de relações internacionais do parlamento, no âmbito dos preparativos da cimeira de chefes de Estado e de Governo em agosto na África do Sul, sublinhou ainda que “esta iniciativa foi partilhada com o secretário-geral da ONU, que manifestou o seu apoio”, acrescentando que vão “também dialogar com outros atores, incluindo os EUA [Estados Unidos da América]”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, aceitaram receber a missão de paz composta por seis chefes de Estado africanos, em Moscovo e Kiev, anunciou na terça-feira o presidente sul-africano.

Cyril Ramaphosa disse que falou pelo telefone separadamente, no fim de semana, com Putin e Zelensky após as recentes tensões com Washington espoletadas pelas declarações do embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben Brigety, que acusou na semana passada o Governo sul-africano de fornecer armas e munições à Rússia.

O Governo sul-africano afirmou que não havia registo de vendas de armas aprovadas pelo Estado à Rússia durante o período em questão e o presidente Ramaphosa anunciou uma investigação sobre o assunto.

Fonte: jn.pt

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