O suspeito, que não foi imediatamente identificado pela polícia, deverá comparecer no Tribunal Distrital de Wellington na sexta-feira, disseram as autoridades, segundo a agência norte-americana AP.
O inspetor Dion Bennett afirmou que a polícia neozelandesa acredita que não haverá outras pessoas suspeitas de envolvimento no incêndio, ocorrido na terça-feira.
A polícia já retirou os primeiros corpos do albergue “Loafers Lodge” e disse que continuará a operação na sexta-feira.
Bennett admitiu que poderão ser encontradas mais vítimas à medida que se consiga remover os escombros.
“Os danos no terceiro andar são significativos”, disse o inspetor da polícia aos jornalistas.
Dion Bennett recusou-se a dizer se tinham encontrado no local indícios de que o fogo teve origem criminal.
A polícia disse que ocorreu um incêndio num sofá no albergue cerca de duas horas antes do incêndio fatal, que não foi comunicado aos serviços de emergência na altura.
As autoridades estão a investigar se há alguma ligação entre os dois incêndios.
O fogo destruiu o edifício ao início da madrugada de terça-feira, obrigando algumas pessoas a fugir em pijama. Outras foram resgatadas pelos bombeiros do telhado ou saltaram das janelas.
O “Loafers Lodge” tinha 92 quartos básicos e económicos, com salas de estar, cozinha e lavandaria partilhadas.
Os serviços de emergência disseram que 94 pessoas estariam no edifício quando deflagrou o incêndio, mas a polícia admitiu que algumas tivessem deixado o local por conta própria ou não tivessem lá ficado na noite da tragédia.
Cinco pessoas também ficaram feridas, uma delas com gravidade.
O edifício não dispunha de extintores de incêndio, algo que não era obrigatório por se tratar de uma construção antiga.
Após o incêndio, o primeiro-ministro, Chris Hipkins, ordenou uma revisão dos regulamentos para acomodações de alta densidade.
Segundo a autarquia de Wellington, o “Loafers Lodge” acolhia trabalhadores e pessoas vulneráveis, entre residentes de longo e de curto prazo.
Fonte: jn.pt