Tudo começa com o papel da mãe na vida dos filhos. Depois do amor de Deus – para aqueles que creem em Deus – o amor de mãe é o sentimento mais forte que os seres humanos e a maioria dos animais conseguem sentir. E assim, revestidos de profunda gratidão, os seres humanos sentem-se na necessidade e no dever de reconhecer, publicamente, a importância das suas genitoras, expressando, das mais várias formas, o seu amor, afeto, carinho e agradecimento por tudo o que elas fizeram, desde a concepção, gestação, parto, criação e educação – em todas as fases – , investimento e amor. Daí, para expressar gratidão, dedicam um dia do ano para agradecer e homenagear aquelas que lhes deram a vida. É impossível descrever o sentimento de uma mãe para com o seu filho e da grande maioria dos filhos para com a sua mãe.
A história do Dia das Mães
O Dia das Mães é uma data comemorativa celebrada, no Brasil, no segundo domingo do mês de maio. Nele, é homenageado todo o amor e carinho, bem como a dedicação que as mães têm com seus filhos. Essa comemoração foi, oficialmente, instituída aqui por Getúlio Vargas, em 1932, embora alguns considerem que a primeira celebração do tipo tenha sido realizada ainda na década de 1910. Mas o Dia das Mães, na verdade, é uma celebração que surgiu nos Estados Unidos, tendo sido criada por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis, como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. A oficialização da data aconteceu em 1914, sob a gestão do presidente norte-americano Woodrow Wilson.
O Dia das Mães é uma criação moderna, que remonta aos Estados Unidos do começo do século XX. No entanto, celebrações e homenagens para as mães não foram uma exclusividade dos norte-americanos desse período. Os historiadores sabem que, na Antiguidade, festivais e celebrações ocorriam como homenagem às figuras maternas. Podemos observar, então, que, desde tempos muito remotos, as mães são enxergadas como figuras importantes dentro da família e da sociedade. O Dia das Mães, como citado, surgiu no início do século XX e sua criação foi uma homenagem a Ann Jarvis. Essa norte-americana era uma ativista, que dedicou sua vida a obras de caridade, sobretudo aquelas realizadas durante um dos períodos mais conturbados da história norte-americana: a Guerra de Secessão.
Ann Jarvis dedicou-se totalmente ao trabalho social. Ela fazia parte de uma igreja metodista e passou a trabalhar, a partir da década de 1850, na região onde morava, Virgínia Ocidental, visando a conscientização das famílias a respeito da importância de se manterem boas condições sanitárias, isto é, higiene. Suas ações estavam ligadas ao Mother’s Day Work Clubs.
Isso porque, na época, era comum que doenças, como febre tifoide e cólera, afetassem locais sem condições ideais de higiene. Durante a Guerra Civil Americana, Ann Jarvis ajudou socorrendo soldados que lutavam dos dois lados do conflito. Ela forneceu alimentos para quem os necessitava e auxiliou no tratamento de doenças.
Depois da guerra, Ann Jarvis participou de ações que buscavam reconciliar as pessoas que lutaram umas contra as outras. Ann Jarvis juntou-se a mais mães e idealizou o Mother’s Friendship Day (Dia das Mães pela Amizade), um dia para unir as famílias que tinham lutado nos diferentes lados da guerra e realizar ações que promovessem a amizade e fraternidade entre elas.
O Dia das Mães no Brasil
O Brasil passou a comemorar o Dia das Mães, de maneira oficial, após um decreto emitido pelo presidente do Brasil em 1932, Getúlio Vargas. O estabelecimento dessa data no país foi resultado dos esforços realizados pelo movimento feminista brasileiro. O decreto que a oficializou foi o de nº 21.366, assinado em 5 de maio de 1932. Embora a data tenha sido criada oficialmente só na década de 1930, o primeiro registro de comemoração do Dia das Mães de que se tem conhecimento em nosso país é de 1918. Esse registro fala de uma celebração do tipo realizada em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Aqui, adotou-se o modelo norte-americano, com a celebração sendo realizada no segundo domingo de maio.
O Dia das Mães em Palmas e no Tocantins
Palmenses e tocantinenses, além de homenagear suas mães naturais e de criação, têm também profunda consideração pela primeira Primeira-Dama do Tocantins, Dona Aureny Siqueira Campos, a quem têm como “Mãe” de Palmas e do Tocantins. Esse sentimento matriarcal justifica-se porque ela estava junto com seu esposo, José Wilson Siqueira Campos, em todos os momentos da história moderna de luta pela criação do Estado do Tocantins e da fundação de Palmas. Desde a fase embrionária até a gestação, concepção e “neonatalização” de Palmas como capital, Dona Aureny participou, viveu e ajudou a escolher o local em que Palmas seria “parida”, tendo contribuído, decisivamente, com a “amamentação” daquela “linda bebezinha”, suja de lama e poeira nos primeiros anos de vida.

Essa gratidão dos palmenses e tocantinenses pela eterna Primeira-Dama Aureny Siqueira Campos, tendo-a como “Mãe” do Estado e da Capital, está eivada de respeito, amor, gratidão e consideração por essa que foi uma das maiores mulheres na história de Palmas e do Tocantins. E nesse Dia das Mães, como “Mãe” de Palmas e do Tocantins, ela também é lembrada e recebe honras especiais como homenagens póstumas.
Fotos: Nayara Ramos/Reprodução