Síndrome do pânico: clima de Palmas proporciona baixa incidência dessa doença

Há grupos e circunstâncias que levam os indivíduos a entrarem para os grupos de risco de pessoas com síndrome do pânico. A capital do Tocantins tem condições climáticas e ambientais que ajudam a preservar a saúde física e mental dos seus habitantes.

O Transtorno do Pânico (TP) – conhecido, popularmente, como síndrome do pânico – é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensas, com forte sensação de medo extremo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos, que surgem sem um motivo aparente, como taquicardia, por exemplo. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando, em média, de 15 a 30 minutos. Há algumas circunstâncias, situações, acontecimentos mais propícios à ocorrência de episódios do Transtorno do Pânico em grupos de pessoas propensas a adquirir essa doença, que já atinge cerca de seis milhões de pessoas só no Brasil.

Alguns grupos podem apresentar maior risco para adquirir o Transtorno do Pânico, que pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância, como abuso sexual, bullying ou depois de assaltos e sequestros.

Pessoas cujos pais tenham transtorno de ansiedade são mais suscetíveis a desenvolver TP. Estão no grupo de risco de Transtorno do Pânico:

  • dependentes químicos e ex-usuários de entorpecentes em situação de crise de abstinência;
  • pessoas que ganharam altas somas em loterias ou que perderam riquezas e bens;
  • pessoas que se aposentaram muito cedo e passaram a viver ociosamente;
  • artistas e atletas famosos que perderam o glamour;
  • beldades que perderam a beleza com o tempo; e
  • pessoas que fizeram algum tipo de tratamento ou cirurgia e que se arrependeram depois.

 

Segundo o Dr. Lincoln Andrade, médico psiquiatra especializado no tratamento de crises emocionais, estresse e transtornos de ansiedade, apesar das controvérsias da literatura científica sobre a associação de Transtorno de Pânico com risco de suicídio, alguns aspectos do risco de suicídio relacionado ao pânico são conhecidos. Seguem, abaixo, algumas das situações que podem conduzir a um risco maior de tentativas de suicídio, efetuadas por pessoas que sofrem da doença:

  • Quando a pessoa tem as primeiras crises de pânico muito intensas e não encontra tratamento adequado, mesmo depois de múltiplas visitas a pronto-atendimentos médicos.
  • Quando devido à sensação de morte iminente, própria das crises de pânico graves, a pessoa acredita estar com doença física grave e que vai morrer.
  • Quando devido à gravidade das crises de pânico a pessoa acredita estar enlouquecendo.
  • Pessoas com Transtorno de Pânico associado ao uso de drogas ou alcoolismo.
  • Pessoas com depressão significativa, associada ao Transtorno de Pânico.
  • Mesmo pessoas com Transtorno de Pânico sem outros problemas associados apresentam taxas maiores de suicídio do que a população geral.
  • Quando a pessoa sente desesperança diante da incapacidade de sair de casa por temer sofrer novas crises em ambientes externos.

 

Transtorno de Pânico é um quadro psiquiátrico importante, que nada tem a ver com loucura e cujo risco de morte iminente é um evento raro, geralmente ligado a pessoas com doenças cardiovasculares de maior gravidade. Também é importante frisar que o Transtorno de Pânico é perfeitamente tratável, ou seja, a pessoa acometida pode voltar a ter vida absolutamente normal, com tratamento adequado.

Todo paciente com crises de pânico deve ser sempre avaliado por médico psiquiatra experiente, para que sejam descartadas outras possíveis causas de ocorrência de crises e para que as crises de pânico sejam controladas o mais rapidamente possível. Quando há suspeita de risco de suicídio, a pessoa acometida deve ser levada imediatamente para avaliação psiquiátrica. Jamais se deve subestimar o risco de suicídio.

Clima de Palmas ajuda na prevenção do TP

Shettle Ághata da Mata Calcerícles, 22 anos, brasileira, de Anápolis, GO, estudante que mora em Limerick, na Irlanda do Sul (Europa), região extremamente fria, se diz assustada com o número de suicídios naquele país, no rio Shannon já é chamado de “rio das almas”, por causa do grande número de suicídios em suas águas geladas. Já em Palmas, TO, cidade que tem uma média de temperatura alta e clima tropical, com muita vegetação natural, ar puro, ventos, águas e condições que proporcionam o contato das pessoas com a natureza, o índice de suicídio é extremamente baixo, e o número de pessoas com síndrome do pânico é muito inferior ao de grandes metrópoles, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e outras.

Foto: Reprodução

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