“A Bandeira da Capital, Palmas, tem a seguinte interpretação: Ao campo branco, símbolo da paz, opõe-se um sol amarelo ouro sobre duas faixas estreitas e paralelas, em azul, dispostas horizontalmente e intercaladas equidistantemente a partir do lado inferior da bandeira. As faixas azuis fazem alusão aos Rios Tocantins e Araguaia, grande patrimônio que a natureza nos legou e que deve ser mobilizado conscientemente a serviço da humanidade e a serviço do Brasil, tal a importância que representam o progresso e o desenvolvimento, e o sol simboliza a sede do Poder Estadual, de onde emanam as grandes decisões do Governo”, diz Art. 4º, da Lei nº 1.972, de 23 maio de 2013, que cria e regulamenta a Bandeira de Palmas, no Tocantins.
Mas, além das cores oficiais da Bandeira de Palmas, a natureza presenteou a cidade com mais uma cor, a verde, que é a sua cor predominante, refletida em sua vegetação natural e ornamental, fonte inesgotável de energia vital para a sobrevivência animal – humana e selvagem – a qual se chama fotossíntese, que é uma das principais fontes de energia da natureza, não só para os vegetais, mas para vários outros seres vivos. A fotossíntese é um processo usado por plantas e outros organismos para converter energia luminosa em energia química, que, por meio da respiração celular, pode ser liberada posteriormente para alimentar as atividades do organismo. As plantas trocam gás carbônico e oxigênio com o ambiente. Durante a fotossíntese, a planta permite a entrada de CO2 na folha e a liberação do O2 para o ambiente. Por outro lado, durante a respiração, ela libera CO2 para o ambiente e permite a entrada do O2.
Palmas é contemplada com uma vasta vegetação natural, que é circundada pelo asfalto e concreto armado das ruas, avenidas, casas, edifícios e palácios. A convivência das construções, pessoas e meio ambiente é harmoniosa, pacífica e benéfica para todos. As inúmeras áreas verdes, do bioma cerrado, rigorosamente preservadas pelos vários organismos de proteção ambiental, do Município, do Estado e da União, começam com a formação do “cinturão verde”, que são as propriedades rurais e áreas de proteção ambiental permanente. Dentro da capital, em especial no Plano Diretor, as zonas urbanas contam com matas “semiciliares” ou vegetação ripária nas áreas preservadas dos córregos Água Fria, Sussuapara, Brejo Comprido (região do Parque Cesamar), Taquaruçu Grande e outras.
Arquitetura Sustentável
Segundo a Arquiteta Luciana Duarte, Palmas, como “capital ecológica” – pelo menos tem esse título desde sua fundação – vem aderindo à arquitetura sustentável e à neuroarquitetura. Arquitetura sustentável é uma maneira de criar projetos arquitetônicos que causem menos impacto ao meio ambiente. O uso de energia solar, materiais recicláveis e estruturas pré-moldadas são exemplos de ações sustentáveis na arquitetura. A neuroarquitetura é uma disciplina que se refere aos estudos da neurociência aplicados à arquitetura, trazendo os pressupostos científicos do funcionamento do cérebro humano para as atividades projetuais de arquitetura.
Para o Engenheiro e Professor João Marques, pioneiro de Palmas, responsável pelo projeto e pela construção do Aterro Sanitário de Palmas, existe nesta Capital, desde o início, a preocupação e a conscientização ambiental, sustentável e ecológica, hoje com o a expansão das micros, pequenas e médias usinas fotovoltaicas, aumentando consideravelmente a utilização da energia solar.
Palmas nasceu, cresceu e continua crescendo sob a bandeira da sustentabilidade. Tanto Marques quanto Luciana defendem o desenvolvimento de projetos de construções devidamente planejados, com orientação de profissionais como engenheiros e arquitetos, valorizando os espaços, utilizando parte dos terrenos para plantas e árvores e deixando, em todos os ambientes, possíveis entradas de ar e luz natural. Como Palmas é uma cidade com alta temperatura, isso fará com que as habitações sejam mais arejadas e o calor seja amenizado.
Fotos: Flávio Clark
Fotos de Palmas