“Esperam-se condições meteorológicas favoráveis para este fim de semana, o que permitirá às forças armadas ucranianas utilizarem plenamente o equipamento e as armas fornecidas pelos países da NATO”, disse um representante das autoridades pró-russas em Lugansk.
Andrei Marochko disse à agência noticiosa russa TASS que “o inimigo vai tentar ofuscar a celebração do Dia da Vitória”.
A Rússia celebra a vitória na “grande guerra patriótica” da então União Soviética sobre as forças do regime nazi de Adolf Hitler em 9 de maio. Marochko disse que as forças ucranianas estão atualmente reunindo armas e equipamentos e formando grupos de ataque para “ações de contraofensiva em grande escala”.
“Assim, no final desta semana e no início da próxima, há uma grande probabilidade de a Ucrânia retomar a fase ativa das ações ofensivas”, disse à TASS, citado pela agência espanhola EFE.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, afirmou, na sexta-feira, que os preparativos para a contraofensiva ucraniana tinham entrado na fase final. “Em termos gerais, estamos prontos”, disse Reznikov à agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
Lugansk é uma das quatro regiões que Moscou anexou em setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido a Ucrânia, juntamente com Donetsk, Kherson e Zaporijia.
A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014. A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas. Kiev exige a desocupação das regiões anexadas, incluindo a Crimeia, como uma das pré-condições para eventuais negociações de paz.
A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento à Ucrânia para combater as forças russas e impuseram sanções econômicas a Moscou para tentar afetar o financiamento russo da guerra. Desconhece-se o número de baixas civis e militares na guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.
Fonte: jn.pt