Youtuber de 41 anos processado por ter mais de 500 filhos

A justiça dos Países Baixos obrigou o youtuber Jonathan M, de 41 anos, a parar de doar esperma por já ter 550 filhos. Caso não respeite a decisão do tribunal, emitida esta sexta-feira, o homem ficará sujeito a uma multa de 100 mil euros por cada nova doação.

De acordo com o jornal “El País”, o caso foi denunciado por uma das mulheres que engravidou com a ajuda de Jonathan. Apesar de o homem lhe ter dito que não teria, seguramente, mais de 25 filhos, limite fixado por lei, a mulher acabou por descobrir o esquema. É a primeira vez que os tribunais lidam com um caso desta natureza.

Os juízes determinaram a destruição de todas as amostras de esperma armazenadas em clínicas de fertilidade, à exceção das reservadas às famílias que já têm um filho e pretendem dar-lhe um irmão.

Jonathan M. está a ser processado também pela Donorkind Foundation​​​​​​, organização de apoio a crianças nascidas através de inseminação artificial. Para Esther de Lau, membro do conselho de administração da instituição, é fundamental que o Ministério da Saúde crie um registo central de dadores de esperma.

As amostras cedidas pelo neerlandês estiveram em pelo menos 13 clínicas, além de os seus serviços terem sido divulgados em várias plataformas digitais. “Não acredito na evolução, mas na criação”, defendeu, reconhecendo ter pelo menos 550 filhos. Para a acusação, Jonathan M. está a fazer uma “estranha experiência social” que tem de ser travada imediatamente. O acusado lamenta estar a ser tratado como “um touro raivoso com desejos reprodutivos”, realçando que as pessoas é que controlam os seus corpos. Por isso, segundo o advogado de Jonathan, Richard van der Zwan, impedi-lo de doar é o equivalente a “uma tentativa de castração química”.

O caso era conhecido desde 2017, altura em que a Associação Holandesa de Ginecologistas e Obstetras alertou que Jonathan já era pai de 102 crianças. O arguido tinha garantido que já não estava no ativo desde 2019, sendo agora acusado de ter enganado “deliberadamente” futuros pais, que, à luz do acórdão, se encontram “integrados numa enorme rede de parentesco que não escolheram”.

Fonte: jn.pt

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