Os hábitos alimentares dos palmenses não incluem apenas comidas pesadas, frituras e calorias vazias; pelo contrário, grande parte da população da capital do Tocantins se preocupa com a saúde advinda da boa alimentação, além, é claro, de adotar práticas de exercícios físicos, caminhadas, exposição ao sol – para estimular a produção do hormônio conhecido como Vitamina D – , ciclismo, ioga, natação, entre outros.
A Dra. Gilma Cristina Faquini Moura Lopes, nutricionista, graduada em Serviço Social, diretora do Ministério da Saúde da Igreja Adventista Central de Palmas , 2ª Tenente da Polícia Militar do Tocantins e coordenadora de nutrição da PM-TO, fez um tour por feiras livres, supermercados, biomercados e lojas de produtos naturais de Palmas, acompanhada pela reportagem do portal Rede Jovem News, para mostrar o que há de melhor e mais recomendável para colocar à mesa como alimento.
Ela constatou que o consumo de alimentos saudáveis e de boa qualidade, por boa parte dos palmenses, está dentro da normalidade e do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A recomendação é que uma pessoa adulta deva “consumir pelo menos 500 gramas de frutas e vegetais por dia”.
Seguindo os conceitos do pai da medicina Hipócrates, que diz “faça do seu alimento seu remédio e do seu remédio o seu alimento”, Gilma Faquini orienta, em seus vídeos no Instagram e em suas publicações, como ter uma vida saudável, sem doenças, envelhecer com saúde, no peso correto (distante da obesidade e de gorduras localizadas), e ter disposição para trabalhar e praticar as atividades que proporcionam prazer e dão qualidade à vida. Ela mesma, introduzindo mudanças em sua dieta alimentar, foi curada de um lúpus, depois de começar a fazer uso dos remédios naturais “disponibilizados por Deus”, como ela diz.
Manter uma alimentação saudável ao longo da vida evita não só a má nutrição em todas as suas formas, mas também uma gama de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e outras condições de saúde.
A composição de uma dieta diversificada, equilibrada e saudável varia de acordo com as características individuais de cada pessoa (idade, sexo, estilo de vida e grau de atividade física), contexto cultural, alimentos disponíveis localmente e hábitos alimentares. No entanto, os princípios básicos do que constitui uma alimentação saudável permanecem os mesmos para todos.
Para adultos, uma dieta saudável inclui:
- Frutas, verduras, legumes (como lentilha e feijão), nozes e cereais integrais (como milho, aveia, trigo e arroz integral).
- Pelo menos 400 g (o equivalente a cinco porções) de frutas e vegetais por dia, exceto batata, batata-doce, mandioca e outros tubérculos.
- Menos de 10% da ingestão calórica total de açúcares livres (2, 7), o que equivale a 50 g (ou cerca de 12 colheres de chá) para uma pessoa com peso corporal saudável e que consuma cerca de 2.000 calorias por dia. Idealmente, o consumo deve ser inferior a 5% da ingestão calórica total para benefícios adicionais à saúde. Açúcares livres são todos os açúcares adicionados aos alimentos ou bebidas pelos fabricantes, cozinheiros ou consumidores, bem como os açúcares naturalmente presentes no mel e em xaropes, sucos de frutas e concentrados de sucos de frutas.
- Menos de 30% da ingestão calórica diária procedente de gorduras (1, 2, 3). Gorduras não saturadas (presentes em peixes, abacate e nozes, bem como no azeite e nos óleos de girassol, soja, canola) são preferíveis às gorduras saturadas (encontradas em carnes, manteiga, óleo de palma e coco, creme, queijo, ghee e banha) e às gorduras trans de todos os tipos, principalmente as produzidas industrialmente (alimentos assados e fritos, lanches e alimentos pré-embalados, como pizzas congeladas, tortas, biscoitos, bolachas, óleos e cremes), bem como às gorduras encontradas em carnes e laticínios de animais ruminantes, como vacas, ovelhas, cabras e camelos. Sugere-se que a ingestão de gorduras saturadas seja reduzida a menos de 10% da ingestão calórica total e de gorduras trans, a menos de 1%.
- Menos de 5 g de sal por dia, o equivalente a cerca de uma colher de chá. O sal deve ser iodado.
Para bebês e crianças pequenas, uma dieta saudável
Nos primeiros dois anos de vida de uma criança, a nutrição ideal promove o crescimento saudável e melhora o desenvolvimento cognitivo. Também reduz o risco de obesidade e sobrepeso, bem como evita o desenvolvimento de DCNTs mais tarde na vida.
Os conselhos para uma alimentação saudável durante a lactância e a infância são os mesmos que os dados aos adultos, sendo especialmente importantes para os bebês os pontos abaixo:
- Devem se alimentar exclusivamente de leite materno durante os seis primeiros meses de vida.
- Devem ser amamentados continuamente até os dois anos de idade ou mais.
- A partir dos seis meses, o aleitamento materno deve ser complementado com diferentes alimentos seguros e nutritivos. Não é recomendado adicionar sal ou açúcar a esses alimentos.
Outros alimentos saudáveis bastante consumidos pelos palmenses:
- Açúcar mascavo
- Água de coco
- Amêndoa
- Arroz integral
- Aspargo
- Aveia
- Azeite de Oliva Extra Virgem
- Banana
- Brócolis
- Caldo de Cana (garapa)
- Chás diversos
- Farinha de Mandioca
- Feijão trepa-pau
- Feijão verde
- Grão de bico
- Laranja
- Mandioca
- Nozes, sementes e amendoins
- Ovo caipira
- Pão integral
- Peixe
- Pimentão
- Quinoa
- Rapadura
- Tapioca
- Tubérculos
Para o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), alimentos saudáveis são alimentos frescos e minimamente processados. Segundo esses organismos, a maioria dos alimentos é saudável, desde que ingeridos moderadamente. Também é importante ingerir alimentos variados, já que cada alimento fornece alguns nutrientes e nosso corpo necessita de muitos nutrientes para o bom funcionamento. Isso também é o que prescreve para seus clientes e pacientes a Dra. Gilma Faquini.
Foto: Divulgação/OPAS