As causas da explosão estão por determinar, mas os técnicos da SpaceX consideraram, ainda assim, que o teste de hoje, sem carga nem tripulação, foi bom.
Após alcançar uma altitude superior a 30 quilômetros, o veículo começou a balançar, perdeu orientação e explodiu.
Foi a segunda tentativa gorada de lançamento da nave e do foguetão juntos, para um primeiro ensaio de um voo orbital, depois de, na segunda-feira, um problema técnico ter impedido a decolagem.
Anteriormente, o protótipo da Starship fez testes suborbitais, a cerca de dez quilômetros de altitude.
Juntos, o Super Heavy e a Starship têm 120 metros de altura e capacidade para transportar mais de 100 toneladas de carga.
O plano de voo de hoje previa que o foguete se separasse da nave cerca de três minutos após a decolagem e caísse nas águas do Golfo do México.
Em seguida, a nave Starship ligaria os seus seis motores e continuaria a sua ascensão sozinha, até uma altitude de, aproximadamente, 150 quilômetros.
Depois de fazer pouco menos de uma volta à Terra, durante cerca de uma hora, a nave cairia no oceano Pacífico.
É com a Starship, concebida para fazer viagens à Lua e a Marte, que a agência espacial norte-americana (NASA) pretende levar novamente, em 2025, astronautas para a superfície lunar, no caso a primeira mulher e o primeiro negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.
Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo e todos homens, pisaram a Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo.
Astronautas irão decolar de novo da Terra rumo à Lua a bordo de uma outra nave, a Orion, acoplada a um outro foguete, o SLS, o mais potente da NASA mas menos potente do que o Super Heavy da SpaceX.
Depois de se separar do SLS, foguete não reutilizável, a Orion seguirá em direção à órbita da Lua, onde se acoplará à Starship (previamente colocada na órbita lunar). A nave da SpaceX prosseguirá depois com parte da tripulação para a superfície da Lua.
A SpaceX quer que o Super Heavy e a Starship sejam totalmente reutilizáveis.
De futuro, o foguete deverá pousar junto à sua torre de lançamento e a nave regressar à Terra, com a ajuda de retrofoguetes, uma manobra que foi tentada várias vezes em 2020 e 2021.
Fonte: jn.pt