O ataque reivindicado pelo grupo NoName na rede social Telegram, paralisou vários sites oficiais canadenses durante algumas horas, esta terça-feira de manhã.
Entre os sites afetados estiveram o do chefe de Estado e do Senado, numa ação que decorreu enquanto o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, se reunia com Justin Trudeau em Toronto.
“Não é incomum que ‘hackers’ russos tenham como alvo países que mostram o seu apoio inabalável à Ucrânia, que recebem delegações ucranianas ou líderes ucranianos, então o momento não é surpreendente”, sublinhou o líder do Governo canadiano durante uma conferência de imprensa conjunta com Shmyhal.
Robyn Hawco, porta-voz da agência de vigilância eletrónica do Canadá, destacou que “não é incomum” decorrerem ataques de negação de serviço (DDoS) contra países que recebem visitas de membros do Governo ucraniano.
“Embora estes incidentes chamem a atenção, têm muito pouco impacto nos sistemas envolvidos”, assegurou a responsável.
O primeiro-ministro ucraniano e Trudeau anunciaram a conclusão das negociações destinadas a modernizar o acordo de livre comércio entre os dois países, novas entregas de armas e munições canadianas para a Ucrânia, bem como um acordo com a empresa canadiana Cameco para fornecer combustível nuclear à Ucrânia até 2035.
Otava também emitiu novas sanções contra russos e entidades russas, incluindo ao grupo paramilitar Wagner e ao setor de aviação russo, bem como ao setor financeiro bielorrusso.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Fonte e Foto: jn.pt