A polícia israelita, citada pela agência de notícias francesa AFP, falou de um “atentado terrorista contra civis, um atentado a partir de um veículo em movimento”, e disse estar a investigar as circunstâncias do caso.
O Magen David Adom (MDA), o equivalente israelita à Cruz Vermelha, indicou, num comunicado, ter constatado a morte de um homem de cerca de 30 anos e ter transportado cinco feridos para hospitais da área de Telavive, após este ataque ocorrido na rua Kaufmann, a grande avenida paralela à praia.
Três das pessoas ficaram moderadamente feridas, entre as quais uma adolescente de 17 anos, e as outras duas ligeiramente, segundo a mesma fonte.
“Todas as vítimas são turistas”, indicou o MDA no comunicado, sem fornecer mais pormenores.
O atentado com arma de fogo ocorreu numa noite de Shabbat e durante a semana da Páscoa judaica, num contexto de escalada da violência no Médio Oriente nos últimos dias.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “deu ordens à polícia israelita para mobilizar todas as unidades de reserva da polícia nas fronteiras e ao exército para mobilizar forças adicionais para fazer face aos atentados terroristas”, indica um comunicado do seu gabinete divulgado esta noite.
Horas antes, duas irmãs israelo-britânicas de 15 e 20 anos, originárias do colonato israelita de Efrat, tinham sido mortas e a sua mãe gravemente ferida num ataque palestiniano na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
Os dois ataques surgem após ataques israelitas à Faixa de Gaza e ao Líbano contra alvos do movimento islâmico palestiniano Hamas, em resposta ao disparo de 34 “rockets” do Líbano sobre território israelita.
Esta intensificação da violência segue-se à irrupção brutal das forças israelitas na quarta-feira na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, terceiro lugar santo do Islão, para expulsar à força os fiéis palestinianos que lá se encontravam a rezar, ferindo pelo menos 37 pessoas.
As condenações internacionais da violência israelita sobre os palestinianos multiplicaram-se, e o Hamas, no poder na Faixa de Gaza, condenou “um crime sem precedentes” de Israel, em pleno Ramadã.
Fonte: jn.pt
Foto: ABIR SULTAN/EPA