Tiroteio – Irmãs israelitas mortas na Cisjordânia também eram britânicas

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido informou, esta sexta-feira, que as duas irmãs israelitas que morreram após um tiroteio contra o seu veículo, no norte da Cisjordânia, tinham nacionalidade britânica.

“Estamos tristes ao saber da morte de duas cidadãs anglo-israelitas e dos ferimentos graves sofridos por um terceiro indivíduo. O Reino Unido apela a todas as partes da região para reduzirem as tensões”, disse o ministério britânico, num comunicado enviado ao “The Guardian”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, visitaram o local do tiroteio, no qual morreram as duas irmãs, de 15 e 20 anos, residentes em Efrat.

A mãe das duas vítimas mortais, de 48 anos, ficou ferida e foi levada de helicóptero militar para o hospital Ein Kerem, em Jerusalém, onde permanece em estado crítico.

O pai seguia noutro veículo e conduzia atrás do carro que foi alvo dos tiros, informou a Sky News.

O exército de Israel especificou que o veículo foi atacado numa estrada em Hamra, no nordeste da Cisjordânia – território ocupado por Israel desde 1967.

Os militares declararam que bloquearam as estradas da região e iniciaram uma busca para encontrar os “terroristas” que atiraram contra o veículo.

A tensão no Médio Oriente tem subido desde quarta-feira, após uma relativa calmaria no conflito israelo-palestiniano observada desde o início do Ramadão, mês sagrado dos muçulmanos que teve início em 23 de março.

O Reino Unido pediu, esta sexta-feira, a “redução da escalada” da violência a todas as partes envolvidas, após os ataques de hoje de Israel no sul do Líbano e na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes contra o seu território.

“Agora é a hora de todas as partes na região assumirem uma desescalada” da violência, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, num comunicado a condenar o lançamento de foguetes de Israel sobre a Faixa de Gaza e o sul do Líbano.

A nota também criticou a polícia israelita pela “violência” cometida na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado do Islão.

A violência começou na quarta-feira com confrontos entre a polícia e fiéis muçulmanos na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, e continuou com trocas de tiros entre as autoridades de segurança israelitas e as milícias palestinianas na Faixa de Gaza e no sul do Líbano.

Desde quarta-feira, mais de 60 projéteis foram disparados da Faixa Gaza e 36 do Líbano em direção a Israel, que tem bombardeado alvos do movimento islâmico palestiniano Hamas tanto na Faixa de Gaza quanto em território libanês.

Fonte: jn.pt
Foto: Jaafar ASHTIYEH / AFP

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