A maioria das ameaças e telefonemas difamatórios, que aparentemente foram realizadas desde fora do Estado, estão a ser investigadas, de acordo com diversos órgãos de comunicação social norte-americanos.
Estas ocorreram 24 horas depois de Juan Merchán ter lido as 34 acusações apresentadas pela Procuradoria de Manhattan contra Trump, das quais o ex-presidente se declarou inocente.
Ao saber que Merchán seria o juiz que leria as acusações da procuradoria, Trump escreveu na sua rede social Truth que o magistrado o odiava.
Merchán, que emigrou da Colômbia para Nova Iorque quando tinha seis anos, presidiu anteriormente ao julgamento de fraude fiscal da Trump Organization, de propriedade do ex-presidente.
Também supervisionou um caso contra o ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon, e sentenciou a pena de prisão Allen Weisselberg, um dos escudeiros mais leais do magnata republicano, noticiou a agência Efe.
O procurador de Manhattan, Alvin Bragg, que liderou a investigação contra o ex-presidente, e outros funcionários do seu gabinete, continuam a receber ameaças, razão pela qual a polícia aumentou a segurança, ainda de acordo com os ‘media’ norte-americanos.
Segundo a acusação, o ex-presidente orquestrou um esquema para pagar o silêncio de três pessoas que poderiam prejudicar a sua campanha à presidência em 2016, entre elas a atriz pornográfica Stormy Daniels.
Alvin Bragg detalhou em comunicado que os pagamentos a troco de silêncio foram feitos a um porteiro da Trump Tower que alegou ter informações sobre um caso de paternidade extraconjugal de Trump (recebeu 30.000 dólares), a uma mulher que se apresentou como ex-amante (150.000 dólares) e à atriz pornográfica Stormy Daniels.
Numa conferência de imprensa em Miami, após ouvir as acusações, Trump realçou que “os lunáticos, maníacos e pervertidos da esquerda radical” o acusaram e detiveram sem motivo algum.
A Casa Branca condenou esta quinta-feira “qualquer tipo de ataque” a juízes e procuradores públicos, no âmbito do caso de Donald Trump.
“Condenamos qualquer tipo de ataque a qualquer juiz, como os que vimos acontecer nos últimos anos”, particularmente desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, disse a porta-voz do Governo norte-americano, Karine Jean-Pierre.
Na sua conferência de imprensa diária, a porta-voz referiu que não podia falar sobre o caso de Trump, mas sublinhou: “É algo que condenamos definitivamente.”
A porta-voz assegurou ainda que Biden não está focado nesta questão, mas sim “no povo americano”.
Fonte: jn.pt
Foto: Michael M. Santiago