Campanha de Trump para as presidenciais arrecadou 6,4 milhões de euros desde acusação

A campanha de Donald Trump para as eleições presidenciais de 2024 arrecadou sete milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de euros) desde a sua acusação na sexta-feira, adiantou, nesta segunda-feira, um dos assessores do republicano no Twitter.

A mensagem de Jason Miller foi publicada na conta oficial da campanha de Trump naquela rede social, que tem incentivado apoiadores do ex-presidente e potencial candidato a fazer contribuições desde que um grande júri de Nova Iorque o indiciou no âmbito do caso do pagamento à atriz pornográfica Stormy Daniels.

Nas primeiras 24 horas após a indiciação, a campanha de Trump revelou que tinha arrecadado 4 milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de euros).

Trump, que qualificou a sua acusação como “perseguição política” e “interferência eleitoral”, vangloriou-se nesse domingo de “nunca ter tido tanto apoio e amor como agora”, algo que a campanha tenta demonstrar com a publicação de mensagens de apoio, sondagens que mostram subidas na sua popularidade e estes mais recentes números na obtenção de fundos.

Mas o alegado fluxo econômico de apoio a Trump contrasta com a escassa presença física de seus apoiadores em Miami, sob controle republicano, onde reside e onde recebeu a notícia, bem como em Nova Iorque, reduto democrata em que chegou hoje, para comparecer perante o juiz nesta terça-feira.

O ex-presidente ficará hospedado na Trump Tower, a sua antiga residência em Manhattan, onde há várias semanas a polícia aumentou a sua presença e colocou cercas em ambos os lados da estrada.

Hoje, os seus apoiadores naquela zona podiam ser contados nos dedos de uma mão, noticiou a agência Efe.

Membros do Partido Republicano de Nova Iorque convocaram um protesto em frente aos tribunais de Manhattan, a partir das 12h00 de terça-feira, no qual se espera a participação da congressista ultraconservadora Marjorie Taylor Greene, a quem o presidente da câmara da cidade pediu contenção.

“Num momento em que podem vir agitadores à nossa cidade na terça-feira, a nossa mensagem é clara e simples: mantenha o controle”, referiu Eric Adams durante uma breve conferência de imprensa com a chefe da polícia nova-iorquina, Keechant Sewell, que colocou todos os seus 35.000 agentes “em alerta” desde sexta-feira, antes da chegada de Trump à cidade.

Trump, que anunciou a sua terceira candidatura à Casa Branca em novembro, é o principal candidato à indicação do Partido Republicano para as presidenciais de 2024.

O magnata do imobiliário, nascido em Nova Iorque e onde prosperou em várias áreas de negócio, deve ser intimado na terça-feira, a partir das 14h15 (19h15 em Lisboa) num processo-crime que ainda não foi tornado público.

Diante do juiz, Trump irá declarar-se “inocente” porque “não há crime”, segundo a sua defesa.

Após comparecer perante o juiz e passar por um protocolo que incluirá a coleta de impressões digitais e fotografias, Donald Trump deverá, então, ser liberado enquanto se aguarda a organização do seu julgamento.

Esta é a primeira acusação de um ex-presidente na história dos Estados Unidos da América (EUA) – quando Trump também é candidato à Casa Branca em 2024 – e acarretou grandes desafios de segurança, com as autoridades a se prepararem para possíveis manifestações.

Ainda não são conhecidas as acusações que o ex-presidente Republicano enfrentará, mas alguns dos seus aliados mais fiéis saíram em sua defesa, como é o caso da congressista Marjorie Taylor Greene.

Fonte: jn.pt

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