Naturatins deflagra ações fiscalizatórias em Palmas e no Bico do Papagaio

Na capital, 1.500 kg de pescado foram recolhidos; no interior, mais de 11 mil metros de redes foram retirados dos Rios Tocantins e Araguaia.

A Operação Malha Fina, realizada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), teve sua fiscalização ambiental iniciada na última segunda-feira, 27, e concluiu mais uma etapa neste domingo, 2. A ação contou com duas frentes de fiscalização, uma na região central e outra no Bico do Papagaio, resultando na apreensão de mais de 1.500 kg de pescado e 11 mil metros de redes e na aplicação de autos de infração, que totalizam R$21 mil.

Na região da capital, a ação foi liderada pelo fiscal Jusley Caetano. A equipe apreendeu 1.495 kg de pescado, oriundo do Lago da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, entre Porto Nacional e Palmas, sendo que 457 kg foram inutilizados em aterro sanitário por não estarem em condições de consumo. As autuações somaram R$21.140,00 e todos os envolvidos com a prática ilícita foram identificados, autos de infração lavrados e processos administrativos instaurados. A ação contou com a cooperação da Polícia Militar do Tocantins (PMTO), do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e da Vigilância Sanitária.

 

Fotos: Divulgação Naturatins

 

Na região do Bico da Papagaio, a ação ocorreu nos municípios de Aguiarnópolis, Tocantinópolis, Itaguatins, São Miguel do Tocantins, Praia Norte, Sampaio e São Sebastião do Tocantins, no Rio Tocantins, e no município de Esperantina, no Rio Araguaia. A equipe, liderada pelo fiscal Antoniel Gouveia, percorreu de forma simultânea as margens dos rios e seus afluentes, além do entorno de pequenas lagoas e ilhas, resultando na apreensão de 11.500 m de redes malhadeiras, espinhéis, tarrafas, varas com molinete, armadilhas para captura de caça, armas longas de fogo, boias e 40 kg de pescado. Todo o material apreendido será transportado para a sede do Naturatins e armazenado para posterior destinação à Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Palmas (Ascampa); o pescado ainda vivo foi despescado e devolvido ao seu habitat natural.

A equipe intensificou o trabalho de educação ambiental na área fronteiriça entre Tocantins, Maranhão e Pará, levando informações pertinentes à normatização da pesca face à legislação ambiental vigente aos ribeirinhos dos três estados. Na localidade de Esperantina, foram abordados três indivíduos, em via pública, transportando uma ave silvestre da espécie Curió (Sporophila angolensis), que foi entregue voluntariamente e destinada ao Centro de Fauna do Tocantins (Cefau).

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