“Nada mudou no contexto da Ucrânia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas.
“A operação militar especial continua, pois esta é a única forma de atingir os objetivos que o nosso país tem hoje”.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, tinha pedido uma “trégua” na Ucrânia e negociações “sem condições prévias” entre os governos de Moscow e Kiev. “Temos de parar agora, antes que a escalada comece. Arrisco sugerir o fim das hostilidades (….) para declarar uma trégua”, disse Lukashenko, que está no poder desde 1994, num discurso à nação. “Todas as questões territoriais, de reconstrução, de segurança e outras devem e podem ser resolvidas na mesa de negociações, sem condições prévias”.
Lukashenko, que culpa o Ocidente e a Ucrânia pelo conflito, também disse que teme uma guerra nuclear devido ao apoio ocidental a Kiev. “Como resultado dos esforços dos Estados Unidos e dos seus satélites, uma guerra total foi desencadeada na Ucrânia”, o que significa que uma “terceira guerra mundial com incêndios nucleares surge no horizonte. Todos vocês entendem e sabem que há apenas uma solução: negociações. Negociações sem condições prévias”, insistiu.
Ao destacar que o “complexo militar-industrial funciona a todo vapor na Rússia” e que a Ucrânia está “inundada de armas ocidentais”, Lukashenko declarou-se preocupado com uma “escalada” que provocaria muitas mortes.
A Bielorrússia não participa diretamente no conflito na Ucrânia, mas cedeu o seu território ao exército russo para a ofensiva na capital ucraniana no ano passado e para a execução de ataques, segundo o governo de Kiev.
Fonte: jn.pt