Espionagem – EUA condenam prisão de jornalista americano na Rússia

Os Estados Unidos condenaram, esta quinta-feira, a detenção de um jornalista americano do "The Wall Street Journal", acusado de "espionagem", na Rússia.

As autoridades americanas disseram que estavam em contacto com a família de Evan Gershkovich, e que tanto o jornal quanto o Departamento de Estado haviam contactado a Rússia. “A perseguição de cidadãos americanos pelo governo russo é inaceitável. Condenamos a detenção do Sr. Gershkovich nos termos mais fortes”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em comunicado.

“Quero reiterar veementemente que os americanos devem prestar atenção ao aviso do governo dos EUA para não viajar para a Rússia. Os cidadãos americanos que residam ou estejam em viagem na Rússia devem sair imediatamente”.

O presidente Joe Biden foi informado da prisão, segundo a Casa Branca.

Antony Blinken, chefe da diplomacia dos EUA, relacionou a prisão do jornalista com a repressão da imprensa na Rússia, cuja relação com Washington se deteriorou gravemente desde a invasão da Ucrânia. “Condenamos nos termos mais fortes possíveis as contínuas tentativas do Kremlin de intimidar, reprimir e punir jornalistas e vozes da sociedade civil”, declarou.

Evan Gershkovich é o primeiro jornalista estrangeiro preso por suspeita de espionagem na Rússia pós-soviética.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse entender que os jornalistas precisam correr riscos para fazerem o seu trabalho. “Mas isso não muda a nossa profunda preocupação com a presença de americanos” na Rússia, disse aos jornalistas.

Além do jornalista do “The Wall Street Journal”, há outros cidadãos americanos presos na Rússia, incluindo Paul Whelan, ex-fuzileiro preso em 2018 e condenado a 16 anos de prisão. “Não é uma tática nova para Putin e as autoridades russas deterem estrangeiros, principalmente americanos”, disse Kirby.

Apesar das tensões, a Rússia e os Estados Unidos realizaram recentemente trocas de prisioneiros.

Fonte:jn.pt
Foto: Dimitar DILKOFF / AFP

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