Durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nessa terça, 28, com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o único deputado federal do Tocantins que faz parte como membro titular do colegiado, Eli Borges (PL/TO), afirmou, referindo-se às respostas do ministro aos questionamentos feitos pelos deputados, em relação às manifestações em 8 de janeiro: “tendenciosas, justificando o injustificável”.
O deputado, estando inscrito para fazer pergunta ao ministro, porém na 65ª posição na lista dos parlamentares, explicou: “não chegou ao meu momento de realizá-la”. Eli não revelou o teor do questionamento que teria feito ao ministro, mas afirmou que se mantém firme em futuros debates, durante outros momentos do Colegiado.
Na ocasião, Dino foi questionado também sobre as ações do governo em relação aos ataques aos edifícios-sede dos três Poderes e sobre as novas regras de controle de armas e munições no país. O ministro negou que tivesse sido informado, previamente, dos ataques pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Inventaram que eu recebi um informe da Abin, que é tão secreto que ninguém nunca leu, nem eu mesmo. Por quê? Por uma razão objetiva: eu jamais o recebi”, disse.
Justificativas
Dino disse, também, que o governo federal não foi omisso. Segundo ele, dias antes, conversou, por telefone, com os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, de São Paulo, Tarcísio Freitas, e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tendo ouvido deles que os governos, encarregados do policiamento ostensivo e da manutenção da ordem pública, cumpririam suas funções constitucionais.
“A Polícia Militar do Distrito Federal, infelizmente, não cumpriu aquilo que estava escrito no planejamento operacional da Secretaria de Segurança Pública. E aí vêm as versões fantasiosas de que eu estava no ministério olhando”, disse.
Com informações da Agência Câmara de Notícias