Caneta Azul: “Eu vou deixar de ser besta…” De besta ele nada tem

Às vezes, o talento vem de onde ninguém espera e a chave das portas do sucesso está na simplicidade e na empatia. Isso pode ser comprovado na vida de um maranhense de 53 anos, que vive o auge da fama cantando brega.

Empatia, simplicidade e bizarrice. Talvez esses três elementos, que arrancaram de uma fazenda de Balsas o maranhense Manoel Jardim Gomes, de 53 anos, o tenham colocado entre os mais famosos do Brasil, após um vídeo com a música “Caneta Azul” explodir na internet.

Manoel Gomes alcança hoje a posição número 1 no ranking dos clássicos da chamada música brega. Desde a tal “Caneta Azul”, suas letras, na maioria, são peguentas, verdadeiros chicletes, que fazem os grandes músicos e compositores (Heitor Villa-Lobos, Vinícius de Moraes, Pixinguinha, Ary Barroso, Cartola, Erasmo Carlos, Noel Rosa, Adoniran Barbosa, Lupicínio Rodrigues, entre outros), que já morreram, se revirarem no túmulo.

Se interessar o que pensa a crítica – vivos e mortos –, o cantor e compositor Manoel Gomes segue firme na sua carreira, arrebanhando fãs, levando milhares de pessoas aos seus shows, namorando mulheres lindas e, o melhor, ganhando muito dinheiro. Seu jeito capiau e sua dancinha engraçada conquistam pessoas de todas as idades e de todas as classes sociais.

O artista, desde a infância, se interessava pela música. O cantor chegou a afirmar, em entrevistas, que compõe músicas desde os 15 anos de idade. Ele cursou o ensino médio e até 4 anos atrás (2019) trabalhava como vigilante.

O músico do interior do Maranhão ganhou notoriedade no segundo semestre de 2019, com a música “Caneta Azul”, de sua autoria . Ele escreveu a letra com base em sua experiência pessoal de perder, frequentemente, suas canetas na escola. A música, um dos maiores memes da internet, tornou-se um viral e recebeu interpretações de vários artistas do cenário musical, como Wesley Safadão e Simone Mendes. Manoel só registrou a canção depois do sucesso. Seu hit atual é “Eu Vou Deixar de Ser Besta”, que está bombando na internet e nos bailões da terceira idade (casas de shows conhecidas como “forró das velhas”).

Os amantes dos movimentos musicais, como Bossa Nova, Tropicália, Jovem Guarda, MPB, Sertanejo Universitário, Pop, Pop Brega e outros, devem estar com os ouvidos em “cólicas de terceiro grau” com os vídeos, heels, stories e shorts nas plataformas digitais que exibem os grandes “sucessos” do “Caneta Azul”.

Na fase da pandemia de Covid-19 no Brasil, o cantor ainda conseguiu se destacar com a promoção de lives. Uma delas chegou a atrair mais de 1,5 milhão de espectadores. Apesar disso, Manoel Gomes enfrentou problemas de monetização e levou um golpe do seu ex-empresário.

Em agosto de 2020, o artista lançou “Caneta Azul”, seu álbum de estreia. O projeto contou com produção musical e arranjos do percussionista Laércio da Costa. Além da faixa-título, produzida em duas versões – bachata e axé –, o repertório trouxe músicas como “Maura”, “Ela É Muito É Vagabunda” e “Parabéns”. “Eu Vou Deixar de Ser Besta”, do mesmo álbum, ganhou versão em videoclipe e rendeu cerca de 100 mil visualizações, em menos de uma semana.

Em 2022, “Maura” foi a segunda canção dele a receber uma versão audiovisual e teve mais de 700 mil visualizações, em cerca de uma semana.

Em janeiro de 2023, ele lançou o single “Lá Ele”, ao lado do cantor e compositor Tierry. No mês seguinte, os dois liberaram o single “Olha, se Você não Me Ama”.

Manoel Gomes já tem um patrimônio de milhares de reais em sua conta bancária (R$542.615,00 foi o que ele declarou à Justiça Eleitoral, em 2022) e bens avaliados em centenas de milhares de reais. Ele é suplente de deputado estadual no Estado do Maranhão, fruto da sua eleição em 2022, pelo PL, na qual obteve mais de sete mil votos. O baixinho mais famoso do Maranhão, no momento, ainda desfila com uma linda loira, que ele chama de namorada.

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