“Especialistas treinados pela OMS e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos foram destacados para a área afetada para fornecer cuidados médicos e rastrear possíveis contatos”, revelou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.
Até agora, foram confirmados oito casos na Tanzânia, país vizinho de Moçambique, dos quais cinco morreram, e pelo menos 160 contactos foram identificados como afetados e estão a ser sujeitos a controles, detalhou o diretor geral da OMS.
“Tal como acontece com o Ébola, é um vírus com uma elevada taxa de mortalidade”, confirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, recordando que, por enquanto, não há vacinas ou tratamentos contra a doença, mas há vários produtos em ensaios clínicos.
Segundo as autoridades da Guiné-Equatorial, 11 pessoas morreram da doença de Marburg, num surto comunicado pela primeira vez em 7 de janeiro, mas a OMS confirmou até agora nove casos, dos quais oito esta semana, elevando o total para 20 suspeitos.
Os surtos declarados da doença na África desde a década de 1970 causaram mais de 3500 mortos e antes dos dois países agora afetados ocorreram no Gana, Guiné, Uganda, Angola, República Democrática do Congo, Quénia e África do Sul.
Tal como o Ébola, o vírus de Marburg provoca hemorragias súbitas e pode levar à morte em poucos dias, com um período de incubação de dois a 21 dias e uma taxa de mortalidade de até 88%.
A doença foi detectada em 1967 na cidade alemã de Marburg – origem do seu nome – por técnicos de laboratório que foram infectados enquanto investigavam macacos trazidos do Uganda.
Fonte: jn.pt
Foto: CYRIL ZINGARO/EPA