Mesmo após um resgate à beira da falência, os mercados financeiros parecem pouco convencidos com a compra do Credit Suisse pelo grupo UBS. A aquisição do banco suíço não dissipou os receios de uma nova crise financeira intrnacional e esta segunda-feira, as principais bolsas europeias abriram em baixa.
O UBS comprou o Credit Suisse por três mil milhões de euros, depois de o banco suíço ter registado uma perda superior a 25% do seu valor em bolsa, na última semana.
Mas a reação pouco entusiasta dos mercados surge mesmo depois de o governo suíço ter oferecido garantias para o negócio, com o objetivo de evitar o contágio da falência à banca mundial e recuperar a confinaça no sistema financeiro, depois do colapso do Silicon Valley Bank, anunciado há cerca de uma semana.
Bancos centrais anunciam injeção de liquidez
A operação levou no entanto seis dos principais bancos centrais do mundo a anunciar uma ação coordenada para melhorar o **acesso à liquidez,**horas depois de o UBS ter efetuado a aquisição.
A medida, acordada entre os bancos centrais europeu da Suíça, Inglaterra, Japão, Canadá e a Reserva Federal dos Estados Unidos, entra em vigor esta segunda-feira e deverá estender-se até ao final de abril.
As instituições bancárias vão reforçar as “linhas de ‘swap'”, o mecanismo facilita o acesso ao dólar por parte dos bancos centrais estrangeiros, que vão passar a fazer transações em dólares todos os dias, quando antes eram feitas uma vez por semana.
Presidente do BCE saúda “ação rápida”
O acordo, assinado pelo Banco Central Europeu (BCE), o Banco Nacional Suíço (SNB), o Banco de Inglaterra, o Banco do Canadá, o Banco do Japão, e a Reserva Federal dos EUA, já foi congratulado pela presidente do Banco Central Europeu (BCE). Christine Lagarde, saudou este domingo, a “ação rápida e as decisões tomadas pelas autoridades suíças” em relação ao banco Credit Suisse.
“Elas são fundamentais para restaurar a ordem nas condições do mercado e assegurar a estabilidade financeira”, afirmou a presidente numa declaração, disponível na página do BCE.
No depoimento, Christine Lagarde salienta ainda que o setor bancário da zona euro é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez.
E acrescenta: “Em qualquer caso, o nosso conjunto de ferramentas políticas está totalmente equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro da zona euro, se necessário, e para preservar a transmissão harmoniosa da política monetária”.
Fonte: euronews.pt