“Envio as minhas sinceras condolências e simpatia ao povo e governos do Maláui, Moçambique e Madagáscar, na sequência dos devastadores deslizamentos de terras e chuvas torrenciais causadas pelo ciclone Freddy nestas nações da África Austral”, disse Moussa Faki Mahamat na sua conta do Twitter.
O presidente sul-africano também lamentou a catástrofe e apresentou condolências às famílias das vítimas.
“Como Governo e povo da África do Sul, entristece-nos a perda de vidas, gado, infraestruturas e propriedades vividas pelas nossas nações irmãs”, disse Cyril Ramaphosa.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) confirmou que pelo menos 111 pessoas morreram no sul do Maláui desde que o ciclone se abateu sobre o solo, no domingo.
Freddy atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar a 21 de fevereiro e regressou à ilha a 5 de março, deixando um total de 17 mortos e 300 mil pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone teve o seu primeiro impacto a 24 de fevereiro, quando pelo menos dez pessoas morreram, e voltou no final da semana passada, causando outra morte, de acordo com relatos dos órgãos de comunicação social internacionais.
Além disso, mais de 170 mil pessoas foram afetadas pelo fenómeno em diferentes províncias de todo o país.
Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10 mil quilómetros desde a sua formação no norte da Austrália, a 4 de fevereiro, e atravessado todo o Oceano Índico até à África Austral.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), Freddy pode ter batido o recorde de duração do Furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da organização não confirmem este recorde, até o ciclone se dissipar.
A porta-voz da agência da ONU, Clare Nullis, disse na sexta-feira passada que, embora o impacto do ciclone em Madagáscar e Moçambique tenha sido “considerável”, o número de mortos nesses países foi limitado pela exatidão das previsões meteorológicas iniciais.
Fonte e foto: jn.pt