A despedida de Gilson Cavalcante

No Dia Nacional da Poesia, o último adeus ao poeta premiado Gilson Cavalcante. Familiares e amigos relembravam, no velório, as histórias que ele contava, muitas em verso e prosa.

 

Jornalista, poeta premiado, compositor e ator, Gilson era pioneiro, chegando ao Tocantins nos seus primeiros dias, trabalhando como repórter. O seu legado é um misto de obras literárias, músicas e um dos mais respeitados nomes da cultura tocantinense.

 

Gilson era natural de Porangatu, Goiás, e se mudou para Palmas, Tocantins, nos primeiros dias da cidade, pois já havia se instalado em Miracema, a capital provisória do estado, em 1989. Na noite desta segunda-feira, 13, Gilson nos deixou e o seu velório aconteceu em Taquaruçu, onde morava há alguns anos, na tenda do Circo Os Kako, projeto que apoiou e incentivou desde o início.

 

No velório, familiares e amigos relembravam as histórias que Gilson contava, muitas em verso e prosa, como todo bom poeta. Mas um momento foi marcante a todos os presentes, a leitura do poema de sua autoria, como que preparado pelo poeta Gilson para aquele momento. A emoção tomou conta de todos. Confira abaixo algumas notas de pesar e mensagens dirigidas aos familiares de Gilson:

 

Nota de Sentimento

Esta terça-feira, 14 de março, começou mais triste com a notícia da partida precoce do amigo e poeta Gilson Cavalcante.

O Gilson tinha a alma inquieta. Um grande Jornalista e um ainda maior Poeta. Gigante das letras e de coração puro. Viveu, registrou e contou parte importante da história do Tocantins e de Palmas.

Foi um privilégio tê-lo em minha equipe na Prefeitura de Palmas. Esse nosso contato nunca cessou e não cessará. Mesmo em outro plano, a poesia nos une. Nossa amizade é eterna.

Descanse em paz, meu amigo.

Eduardo Siqueira Campos

 

Esta terça-feira, 14, amanheceu com um ar de tristeza ante a notícia do falecimento do meu amigo, mestre na arte dos versos, Gilson Cavalcante, que partiu na madrugada deste dia. Jornalista, escritor, poeta por pura essência, morador do nosso Taquaruçu, Gilson Cavalcante nos deixou fisicamente, mas suas palavras, eternizadas em dez livros publicados, vão ecoar para sempre nos corações tocantinenses. Neste momento de luto, rogo ao nosso eterno e amado Deus que conforte os corações dos familiares e amigos pela partida do querido Gilson Cavalcante. A todos os meus sinceros sentimentos.

Governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa

 

Lamento profundamente o falecimento do ex-diretor de Comunicação desta Casa de Leis, o jornalista e poeta Gilson Cavalcante, ocorrido na madrugada desta terça-feira, dia 14, em sua residência, no Distrito de Taquaruçu.

Jornalista premiado, Gilson teve uma trajetória consagrada como poeta e escritor, tendo publicado 11 livros e ocupado funções importantes nos veículos de comunicação e instituições tocantinenses.

Por sua relevância à cultura do Estado, manifesto – em nome dos demais deputados – aos amigos e familiares minhas condolências.

Amélio Cayres – Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins

 

Trajetória

Na sua trajetória, Gilson atuou em vários veículos de imprensa, foi Secretário de Comunicação do Estado (1991) e assessor da Prefeitura de Palmas, na gestão de Eduardo Siqueira Campos, que compareceu ao velório, assim como Tião Pinheiro, o cineasta André Araújo, o publicitário Marcelo Silva, os jornalistas também pioneiros que trabalharam ao lado de Gilson Cavalcante no início do Tocantins, Rui Bucar e Júnior Veras. Todos muito emocionados com a despedida do Gilson.

 

Autor de 11 obras, Gilson Cavalcante iniciou sua carreira de escritor com o livro de poesias “69 Poemas – Dos Lençóis e da Carne”, publicado em parceria com Hélverton Baiano, seguido por “Lâmpadas ao Abismo”, “Ré/Ínventário da Paisagem”, “Poemas da Margem Esquerda do Rio de Dentro”, contemplado com menção especial no concurso literário nacional Prêmio Cidade de Juiz de Fora, em 2002.

 

Com “O Bordado da Urtiga” recebeu o prêmio da Bolsa de Publicações Maximiano da Matta Teixeira, 2008, da Fundação Cultural do Tocantins. Em 2009 publicou “Anima Animus – O Decote de Vênus” e “Bonsai de Palavras”, um livreto de hai-kais. Depois de vencer o histórico e concorrido concurso da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, em Goiás, em 2011, o poeta recebeu o Troféu Goyases 2011, no campo da poesia. A honraria é da Academia Goiana de Letras. Gilson Cavalcante lançou ainda mais três obras poéticas: “A Arte de Desmantelar Calendários”, “O Amor Não Acende Velas” e “Descompássaro”.

 

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