O governo federal confirmou, no final do último dia 10, a proposta de reajuste salarial linear de 9% para os servidores públicos federais. A terceira rodada de negociações ocorreu na tarde de sexta-feira e o andamento das negociações já havia sido adiantado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Além dos 9% no salário linear para todos os servidores a partir de maio, o governo propõe um acréscimo de R$200 no auxílio-alimentação. Assim, o valor do auxílio passaria de R$458,00 para R$658,00. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a proposta do governo tem impacto nos cofres de R$11,2 bilhões, já previsto no orçamento deste ano.
Participaram da mesa de negociações várias entidades representativas de servidores públicos federais, enquanto o governo esteve representado pelos seguintes profissionais: secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Sérgio Mendonça, e respectiva secretária adjunta, Meri Lucas; secretário-executivo adjunto do Ministério do Trabalho e Emprego, Valter Correia; diretora do Departamento de Relações de Trabalho, Edina Maria Rocha Lima; e diretor substituto do Departamento de Relações de Trabalho, José Borges de Carvalho Filho.
Após a reunião, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que os representantes dos servidores foram até os limites nas reivindicações. Agora, a proposta do governo será submetida aos trabalhadores.
“O governo vai nos enviar na segunda-feira a formalização dessa proposta para que possamos levar para nossas bases, quando irão referendar ou não a proposta do governo. Entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite. Agora, fica com a base a deliberação de aprovar ou não”, afirmou Marques.
O Fonacate é formado por 36 afiliadas e representa mais de 200 mil servidores públicos. A pauta de negociações tem três momentos. O primeiro deles trata do aumento de 2023, a partir de maio; em seguida, as discussões relacionadas à legislação e condições de trabalho dos servidores, as chamadas pautas não econômicas; por fim, será discutido o aumento salarial para 2024, considerando que a lei orçamentária para o próximo ano ainda está em elaboração.
Com informações da Agência Brasil