O fim da piracema ocorreu em 28 de fevereiro. Durante os meses em que ela ocorre, os pescadores – profissionais, amadores e esportivos – ficam proibidos de pescar em rios, lagos, lagoas, ribeirões e córregos. Por isso, nesse período, os pescadores artesanais recebem um benefício chamado Seguro Defeso, que é pago ao profissional da pesca, que fica impedido de exercer a atividade pesqueira durante o período de proibição.
O período da piracema ou período de defeso inicia-se a partir do dia 1° de novembro e vai até o dia 28 de fevereiro do ano seguinte. O termo piracema vem do tupi (“pira” significa peixe e “cema” quer dizer subida, resultando na expressão subida dos peixes). Os peixes que realizam a piracema são chamados de migradores. Durante a piracema e nas semanas subsequentes, é percebida a escassez de muitas variedades de peixes de água doce em supermercados, peixarias e feiras livres, o que provoca uma considerável elevação dos preços, principalmente em espécies como dourado, tilápia, carpa, pacu, pintado, piau, piapara e tambaqui, dentre outros.
Mesmo no Tocantins, que possui uma boa produção de peixes em reservatórios, tanques e viveiros escavados, ainda se percebe baixa oferta do produto nas feiras livres de Palmas. Porém, com a vinda de pescados de outros estados, como Pará, Maranhão, Mato Grosso e Piauí, e com o início da temporada de pesca, a oferta de peixes deverá, em breve, se normalizar e, em consequência, provocará a queda dos preços. Para o consumidor palmense, que gosta de comprar pescado bem fresquinho do outro lado da ponte, à direita do Rio Tocantins, a Associação dos Pescadores do Tocantins vende diversas variedades de peixes, a preços excelentes, e o cliente pode comprar diretamente dos pescadores.
FOTOS: Flávio Clark