Explosões em Kiev e ataque à central nuclear de Zaporijia

A Rússia desencadeou, nesta madrugada, vários ataques contra diferentes alvos na Ucrânia. A situação na maior central nuclear do mundo preocupa autoridades.

A central nuclear de Zaporijia ficou sem ligação à rede elétrica ucraniana na sequência de um ataque russo, afirmou o operador da central, advertindo para o risco de acidente. Foram registradas explosões em Kiev, disse o presidente da câmara da capital ucraniana, Vitali Klitscho, na sequência de vários ataques registrados na Ucrânia.

A Rússia desencadeou, nesta madrugada, vários ataques contra diferentes alvos na Ucrânia, incluindo em Karkhiv (leste), Odessa (sul) e Kiev. Além da capital, a situação na maior central nuclear do Mundo preocupa as autoridades.

“A última linha de comunicação entre a central nuclear ocupada de Zaporijia e a rede elétrica ucraniana foi cortada devido aos ataques de foguetes” russos, indicou, em comunicado, a Energatom, informando que geradores de emergência a diesel estão garantindo a alimentação mínima da central.

“Atualmente, a central (…) encontra-se em black out pela sexta vez desde a ocupação; os reatores das unidades 5 e 6 foram desligados”, acrescentou a Energatom.

O operador da central precisou que 18 geradores de emergência estão garantindo a alimentação mínima da central. “Têm combustível suficiente para 10 dias. A contagem decrescente começou”, sublinhou.

“Se não for possível renovar o fornecimento elétrico externo da central, poderá ocorrer um acidente com consequências radioativas”, advertiu o operador.

“Explosões no bairro de Holosiivskyi da capital. Todos os serviços [de emergência] estão a deslocar-se para o local”, disse Klitschko nas redes sociais, referindo-se a uma zona no sul da cidade.

O autarca deu ainda conta de uma outra explosão na zona oeste da capital ucraniana, onde pelo menos duas pessoas ficaram feridas.

“Uma outra explosão na capital. Bairro de Sviatochyne. [Serviços de] Socorro a caminho do local. Dois veículos estão em chamas no pátio de um edifício residencial”, escreveu Klitschko, na rede social Telegram, precisando que duas pessoas daquele bairro tinham sido feridas e hospitalizadas.

No leste da Ucrânia, 15 mísseis atingiram Kharkiv e a região nordeste, atingindo edifícios residenciais, de acordo com o governador de Kharkiv, Oleg Synegubov.

Além de Kharkiv, também infraestruturas energéticas regionais e edifícios residenciais foram atingidos em Odessa, no sul do país, disse o governador, Maksym Marchenko, descrevendo um “ataque maciço de mísseis”.

“Felizmente, não registramos vítimas”, declarou o responsável, acrescentando terem sido acionadas “restrições no fornecimento de eletricidade”.

“A segunda vaga é esperada agora; por isso peço aos residentes da região que fiquem em abrigos”, escreveu Marchenko, na rede social Telegram, há cerca de algumas horas.

Na zona oeste, o governador da região de Khmelnytskyi, Segiy Gamaliy, pediu aos habitantes que “ficassem nos abrigos”, uma vez que “o inimigo ataca as infraestruturas essenciais do país”.

Foram aplicados cortes preventivos de energia de emergência nas regiões de Kiev, Dnipropetrovsk, Donetsk e Odessa, disse o fornecedor DTEK. Klitschko considerou que 15% dos consumidores de energia da capital ficaram sem energia devido aos cortes de emergência.

Mais explosões foram relatadas na cidade de Chernigiv, no norte e na região ocidental de Lviv, bem como nas cidades de Dnipro, Lutsk e Rivne. Os meios de comunicação ucranianos também noticiaram explosões nas regiões ocidentais de Ivano-Frankivsk e Ternopil.

A Rússia vem atingindo a Ucrânia com ataques maciços de mísseis desde outubro passado. Inicialmente, visavam infraestruturas energéticas, ocorriam semanalmente e mergulhavam cidades inteiras na escuridão, tornando-se menos frequentes ao longo do tempo. O último ataque ocorreu em 16 de fevereiro.

Fonte: jn.pt

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