As imagens da execução do soldado ucraniano Tymofiy Shadura, desarmado, a fumar, após proferir as palavras “Glória à Ucrânia” chocaram a Ucrânia e o Presidente Volodymyr Zelenskyy prometeu vingar a morte deste novo herói e símbolo da resistência à invasão russa.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Dmytro Kuleba, viu nesta execução num vídeo ainda não verificado devidamente de forma imparcial mais uma prova de estar em curso “um genocídio” do povo ucraniano na sombra da agressão russa em curso.
O Presidente Zelenskyy dirigiu-se aos ucranianos num vídeo onde fez um pedido e deixou uma promessa.
“Um video acaba de surgir mostrando como os invasores assassinam brutalmente um soldado que corajosamente lhes disse na cara: ‘Glória à Ucrânia’. Quero que todos nós, juntos, em união, respondamos às suas palavras: ‘Glória ao herói. Glória aos heróis. Glória à Ucrânia’. Nós vamos encontrar os assassinos”, prometeu o líder ucraniano.
Tymofyi Shadura ficou incontactável a 3 de fevereiro perto de Bakhmut.
O vídeo da execução do soldado foi adicionado pelo procurador ucraniano ao processo dos crimes de guerra que está a ser preparado.
Aquele momento agora revelado contrasta com as imagens dos 90 prisioneiros de guerra entretanto devolvidos pela Ucrânia à Rússia e que o Kremlin já revelou que vão regressar a Moscovo para tratamento e reabilitação.
A Ucrânia anunciou, entretanto, o regresso a casa de 130 soldados que tinham sido capturados pela Rússia. Mais de metade fizeram parte da resistência de Mariupol.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate.
Fonte:euronews.pt