A Greve geral deflagrada é contra a reforma de pensões na França.
Uma paralisação anunciada com o objetivo de bloquear o país. A começar pelos transportes. De acordo coms os números oficiais, 80 por cento dos comboios regionais e de alta velocidade foram cancelados. O transporte rodoviário também foi severamente afetado.
Milhares de pessoas de pessoas ficaram em casa e para quem teve de trabalhar, a luta foi outra.
“Não há muitos trens, é bastante complicado para aqueles que têm de ir trabalhar, especialmente quando se vive longe, mas também compreendo que as pessoas estão fartas de trabalhar cada vez mais,” diz uma francesa enquanto espera por um comboio para ir para o emprego.
Face à greve de janeiro, foram mobilizados mais setores para a greve e nalguns casos por tempo indeterminado.
É o caso dos trabalhadores das refinarias e da eletricidade.
“Num grande número de setores que são decisivos para a vida do país, a greve é prorrogável, e devemos esperar que amanhã e depois de amanhã sejam dias de mobilização social muito intensa,” afirmou Jean-Luc Melenchon, líder da França Insubmissa, o principal partido da oposição no parlamento francês.
Os sindicatos querem parar a economia francesa, bloqueando os setores-chave da indústria, das infraestruturas básicas e dos transportes.
Nas primeiras horas do dia já 20 e 30% dos voos nos dois principais aeroportos de Paris tinham sido cancelados. E os grandes entrepostos encontravam-se também sem movimento.
População aprova a greve
A população francesa está em grande maioria ao lado dos grevistas e contra os planos do governo de aumentar a idade da reforma de 62 para 64 anos.
Uma posição partilhada pelos mais jovens que fizeram eco do descontentamento nas escolas e faculdades de todo o país.
O secretário-geral da CFDT, Laurent Berger, saudou terça-feira uma “mobilização histórica”, “melhor do que a de 31 de Janeiro” e o seu homólogo da CGT Philippe Martinez garantiu ao seu lado que “será o dia mais forte de mobilização desde o início deste confronto”.
Os lideres das centrais sindicais consideram que “esta semana é decisiva” e que o governo “não pode permanecer surdo” a esta mobilização e terá de retirar o projeto que altera as regras para as pensões de reforma.
Fonte: Euronews.pt