EXCLUSIVO: Porto de Praia Norte – do sonho à realidade

O Porto de Praia Norte vai ligar o Estado do Tocantins ao Atlântico e aos Portos do Mundo.

Situado às margens do Rio Tocantins, este porto é uma obra de grande importância para o desenvolvimento do nosso estado e para o país como um todo. Sua construção foi planejada para atender às demandas do mercado e para transformar a matriz tocantinense de transporte. O objetivo é realizar o embarque, desembarque e transbordo de mercadorias, que contará com estrutura de armazenagem e distribuição, funcionará na Plataforma Multimodal de Davinópolis-MA (ao lado de Imperatriz), com a finalidade de conectar, no futuro, o porto fluvial à Ferrovia Norte-Sul.

 

 

Uma das principais transformações que o Porto de Praia Norte trará para o Tocantins é a redução dos custos logísticos. Com a possibilidade de transportar produtos por via fluvial, o porto propiciará diminuir o tempo e o dinheiro gastos no transporte rodoviário, além de aumentar a capacidade de movimentação de cargas, transformando o Tocantins em um grande centro de distribuição, o que, segundo a diretora executiva do Porto, Sandra Kraemer, já foi imaginado, ainda nos anos 70, pelo visionário ex-Governador Siqueira Campos.

 

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Essa redução de custos em logística pode estimular a instalação de novas empresas na região, impulsionando a economia e gerando empregos. Outro aspecto positivo da construção do Porto de Praia Norte é a integração do Estado do Tocantins com outros estados da região norte e do centro-oeste. Este porto será um importante corredor logístico para o transporte de produtos agrícolas, como soja e milho, produzidos em grande quantidade na região, como também de combustíveis e de carga geral, principalmente pela conexão com a Zona Franca de Manaus.

Além disso, a construção do Porto de Praia Norte pode impulsionar a criação de novas cadeias produtivas no Tocantins, especialmente no setor agroindustrial. A região é rica em matéria-prima, o que pode atrair a instalação de indústrias para o processamento de produtos locais, gerando mais empregos e renda.

Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Tocantins, Humberto Lima, o Porto de Praia Norte é extremamente estratégico para o estado: “Com o Porto, o estado terá acesso para o Oceano Atlântico. Nós teremos condições de impulsionar a região norte do estado e transformar o Porto em um entreposto da Zona Franca de Manaus, o que vai permitir que nós tenhamos uma grande movimentação econômica na região do Bico do Papagaio”.

 

 

Veja os serviços que estarão disponíveis:

Carga geral

Renovação da logística da Zona Franca de Manaus, com a instalação do entreposto fiscal dentro do Porto Praia Norte no Tocantins, utilizando da integração dos modais fluvial, ferroviário e rodoviário. Isso promoverá a industrialização da região do Bico do Papagaio.

 

Terminal de combustíveis

A ligação estratégica do Estado do Tocantins ao Oceano Atlântico, por meio do seu sistema hidroviário, viabilizará a importação de commodities, como óleo diesel e gasolina, que serão armazenadas no Porto de Praia Norte e, posteriormente, distribuídas para toda região do MATOPIBA.

 

Terminal de grãos

Solução competitiva e econômica nos fluxos de carga, para exportação de grãos e importação de insumos.

 

Navegação e transporte

Através da empresa NAVEGATINS – AMAZONAS, que já possui Homologação da Marinha para operação de embarcações de navegação interior, será oferecido o serviço de navegação nos trechos:

  • Manaus x Praia Norte (e vice-versa); e
  • Praia Norte x Belém (e vice-versa).

 

Já o transporte de cargas terrestres e fretamento em geral serão prestados pela empresa LOTO – Logística Tocantins, com serviço de transporte de cargas a granel ou geral, acondicionadas em contêineres ou paletes.

 

 

Para o Porto de Praia Norte iniciar o funcionamento é necessário que seja feita a dragagem e o derrocamento do Pedral do Lourenço. Com 43 km de extensão, o Pedral é uma formação rochosa no Rio Tocantins, que aflora durante o período de estiagem e impede a navegação neste trecho do sudeste paraense. Para garantir a navegação durante todos os meses do ano, são necessárias obras pontuais, que aumentem a profundidade do rio. Tais obras consistiriam em dragar o local, retirando material solto em seu leito, e derrocar as formações rochosas, escavando-as.

O início das obras do derrocamento do Pedral do Lourenço está previsto para o segundo semestre de 2023.

 

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