Greta Thunberg foi detida esta quarta-feira pela polícia norueguesa enquanto participava, em conjunto com outros ativistas, num protesto contra as turbinas eólicas nas terras de criação de renas.
Os manifestantes bloquearam a entrada do Ministério das Finanças norueguês, em Oslo, e foram detidos pelas autoridades.
As turbinas ainda estão em funcionamento, apesar de uma decisão histórica proferida há mais de um ano pelo Supremo Tribunal norueguês de que o projeto violava o direito das famílias sami, um povo indígena do Ártico, de praticarem a sua cultura de criação de renas.
O protesto começou na passada quinta-feira quando ativistas sami, vestidos com o seu traje tradicional azul e vermelho, ocuparam o hall de entrada do Ministério da Energia norueguês. O número de manifestantes que começou a bloquear o acesso a outros ministérios aumentou durante esta semana.
“Esta luta é importante porque trata-se de violação dos direitos humanos”, disse Greta Thunberg à emissora TV2, em declarações citadas pela agência AFP.
Os sami, uma minoria indígena de cerca de 100.000 pessoas espalhadas pelo norte da Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia, vivem tradicionalmente da criação de renas e da pesca. O Supremo Tribunal da Noruega decidiu unanimemente que as licenças de expropriação e de funcionamento para a construção das 151 turbinas eram inválidas. No entanto, não deu qualquer orientação sobre o que deveria ser feito com as turbinas que já estavam em funcionamento.
Esta é a segunda vez este ano que Greta Thunberg é detida num protesto. A ativista ambiental já tinha sido detida em janeiro pela polícia alemã.
Fonte TSF noticias
Foto Javad Parsa/EPA