Presidente do Sindicarnes fala sobre a suspensão da exportação de carne bovina

Embargo faz parte do protocolo comercial entre o Brasil e a China e afeta a exportação no Tocantins.

Em entrevista ao portal RJN, Oswaldo Stival, presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), falou sobre o embargo da exportação de carne bovina Pará-China. A suspensão é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em cumprimento ao protocolo de relação comercial entre o Brasil e o país asiático, principal comprador da produção industrial de carne bovina brasileira, o equivalente a 60% do que é exportado.

Do Tocantins, 74% da carne exportada pelo estado também vão para a China. Os outros importadores do produto tocantinense são os Estados Unidos e a Rússia. Ainda não é possível falar sobre o impacto do embargo temporário na economia tocantinense.

Stival está otimista, embora não haja, ainda, um prazo para o fim do embargo. “Estamos em contato com as organizações que representam os frigoríficos brasileiros, em Brasília, e a situação exige cuidado, mas também nos tranquiliza, pois o caso confirmado é do tipo atípico, e não o clássico da doença”, disse o empresário.

“Tipo atípico significa que a doença se desenvolveu no animal devido a idade dele e não por fatores externos. O tipo clássico seria uma circunstância mais grave”, explicou o presidente do Sindicarnes. De acordo com as informações do Mapa, a doença foi detectada em um boi de nove anos, nascido e criado em uma pequena propriedade no Estado do Pará. “Esse caso atípico é uma demência característica em animais velhos”, destacou Stival.

O presidente do Sindicarnes lembrou que houve casos em 2019 e 2021, quando também a doença da vaca louca foi detectada no Brasil, tendo ocorrido a suspensão das exportações na época.

Nos dois episódios, a comercialização de carne bovina entre a China e o Brasil foi retomada, mas Stival explica que isso só acontece após a análise, no Canadá, do material enviado à Organização de Saúde Animal (OIE). “Não dá para falar em prazo, pois é preciso aguardar a conclusão dos testes de material e, após o laudo do laboratório, aguardar também as tratativas entre Brasil e China, através do Ministério da Agricultura e Pecuária com a OIE.

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