O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quarta-feira, 22, um caso da doença da vaca louca em um animal macho de nove anos, na Cidade de Marabá, no sul do Pará, estado vizinho ao Tocantins.
O ministério cumpriu o protocolo sanitário oficial, que é o de suspender, temporariamente, as exportações de carne bovina. Isto afeta todos os estados produtores que exportam carne bovina, como faz o Tocantins. A suspensão aconteceu nesta quinta-feira, 23.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, procurou tranquilizar os consumidores brasileiros, afirmando que não há motivo para preocupação. Ele antecipou que pode se tratar de uma variante atípica da doença.
O animal identificado com a doença foi abatido, e sua carcaça incinerada no local.
A propriedade em que se encontrava o animal doente é de pequeno porte e já foi inspecionada e interditada. Nela, são criados 60 bovinos. Não há confirmação de contaminação entre os animais.
O material coletado no animal infectado e nos demais do rebanho foi enviado à Organização Mundial de Saúde Animal e está sendo analisado por um laboratório canadense. De acordo com o Mapa, o resultado deve sair em cinco dias.
A suspensão das exportações de carne bovina produzida no Brasil não tem data definida para se encerrar.
O que é a doença da vaca louca?
A EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma doença degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos, com longo período de incubação. Leva, em média, cinco anos para que as primeiras manifestações apareçam.
O quadro é caracterizado por sinais de nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção. Não é passível de tratamento específico e é de difícil diagnóstico.