A dois dias de se assinalar um ano de guerra na Ucrânia, Joe Biden estؚá na Polônia, para continuar a demonstrar o apoio dos Estados Unidos da América face à agressão russa. Trata-se de uma deslocação histórica porque é a primeira vez que um chefe de Estado americano se desloca ao país duas vezes, em menos de um ano.
Para além disso, esta é uma visita com um grande valor simbólico, uma vez que a Polónia faz fronteira com a Ucrânia e, como tal, tem sido o país que mais se prontificou a receber refugiados. Desde o início da guerra, já acolheu um milhão e meio de pessoas.
No decorrer desta terça-feira, Joe Biden vai encontrar-se com o homólogo polaco, Andrzej Duda e discursará igualmente num local com um simbolismo relevante.
O Presidente americano vai dirigir-se, esta tarde, aos habitantes polacos e aos milhares de refugiados ucranianos no Castelo Real de Varsóvia, uma importante infraestrutura que foi destruída durante a segunda guerra mundial e, posteriormente, reconstruída. Espera-se que, durante a alocução, Biden reafirme, uma vez mais, o seu apoio incondicional à Ucrânia e deixe uma mensagem clara dirigida a Vladimir Putin.
Na visita, que dura até esta quarta-feira, Joe Biden vai ainda reunir-se com representantes do grupo de Bucareste 9, que agrega nove países do Leste Europeu, que fazem parte da OTAN. Durante a reunião, deverão ser abordadas questões relativas à segurança e defesa destes países.
De salientar que desde o início da invasão russa, a Polónia foi um dos primeiros países a facultar ajuda humanitária e militar à vizinha Ucrânia, desempenhando um importante papel no seio da Aliança Atlântica. Há poucas semanas, a Polónia fez também pressão para que a Alemanha enviasse tanques pesados Leopard 2 para o país.
Kremlin reage à visita de Joe Biden
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já reagiu à visita de Joe Biden à Polônia. Numa comunicação transmitida pela televisão russa, o representante salientou que Moscow está a “acompanhar atentamente” a visita de Joe Biden, salientando que esta deslocação é “provalvemente uma concentração contínua da russofobia”
Fonte: RFI