A força do Bico na Assembleia Legislativa

Com experiência e poder de articulação, Amélio Cayres representa um grupo político quase unânime.

A eleição do Deputado Amélio Cayres (Republicanos) para a presidência da Assembleia Legislativa é o resultado do trabalho de articulação iniciado logo após a eleição de outubro de 2022, que promoveu a renovação da Assembleia Legislativa do Tocantins, com muitos parlamentares eleitos pela primeira vez para ocupar uma cadeira na Casa. Mas essa articulação já havia sido começada, ainda durante a campanha eleitoral, junto aos potenciais candidatos a alcançarem o mandato de deputado estadual. Uma estratégia que só poderia ser pensada e executada por alguém politicamente experiente, com respaldo das bases e respeito dos pares.

Segundo manchetes de notícias, Amélio Cayres teria liderado chapa única. Assim, num simples entendimento dos leigos, não teria havido concorrência. Certo? Errado! Amélio teve concorrentes e os venceu com uma habilidade extraordinária, conquistando a presidência do Legislativo tocantinense. Num primeiro momento, Amélio enfrentou um grande concorrente, Vilmar do Detran (PL) e, depois, a batalha pelos votos dos 23 deputados foi com o também veterano Deputado Cleiton Cardoso.

Mas a articulação de Amélio e seus apoiadores seguiu o seu traçado, incluindo aí entendimentos com o Governador Wanderlei Barbosa. Em sua ousada estratégia, Amélio ainda fez convergirem ao Palácio, agregando apoio, aliados como os oponentes de Wanderlei em 2022, Ronaldo Dimas (PL) e o Senador Irajá (PSD). Foram reuniões e reuniões para chegar a um denominador comum e na desistência dos deputados que também ambicionavam a presidência da Assembleia.

Além disso, a força de Amélio Cayres representa a força do Bico do Papagaio, que já contabiliza, com honraria, dois representantes da região na galeria de presidentes da Assembleia Legislativa, onde figuram os líderes Raimundo Moreira e Luiz Tolentino (ambos in memorian).

Como parte da estratégia de Cayres, a eleição para a presidência e sua mesa diretora teria que seguir a lógica de que “fortalecendo o Legislativo, fortalecido fica o Executivo, com uma base ampla de apoio ao Governador Wanderlei Barbosa”. Por fim, foram acomodados os partidos de Dimas e Irajá na composição final.

Outra grande cartada no jogo de poder político no Legislativo tocantinense foi a eleição de dois presidentes: o que fará a gestão 2023-2024 e o seu sucessor após esse período, que será o Deputado Léo Barbosa (Republicanos), filho do Governador Wanderlei. Não há impedimento legal nessa iniciativa, que só reforça a boa relação entre o Executivo e o Legislativo, tão almejada e respeitada pelos pares deputados estaduais.

A segunda parte de todo esse trabalho de fortalecimento de líderes, pares e companheiros começa a partir de agora, com a composição das Comissões permanentes. O líder continua dirigindo os trabalhos mesmo fora das sessões no Plenário da Casa. Isso só dará mais força política, poder de articulação e invejada organização ao Deputado Presidente Amélio Cayres. Os próximos capítulos nos dirão.

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