A China anunciou estar a finalizar uma “iniciativa para a paz” na Ucrânia. O anúncio foi feito este sábado em Munique, pelo diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China, Wang Yi, na Conferência de Segurança, que está a decorrer este fim de semana na cidade alemã.
Mas apesar de Pequim garantir estar alinhada com a defesa dos princípios da carta das Nações Unidas, no Ocidente as reações são para já cautelosas.
O governo chinês rejeita a política de sanções à Rússia e critica a “mentalidade de Guerra Fria”, que diz estar instalada, um posicionamento que levou políticos como a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, a manifestar dúvidas em relação ao plano de paz chinês.
“Se a Rússia parar de lutar, e esperamos que este seja um apelo também da China na próxima semana, quando eles propuserem o seu programa de paz, exortem a Rússia a parar de lutar! Porque então esta guerra está terminada. Mas se a Ucrânia deixar de se defender, e isto pode ser outro apelo, então a Ucrânia terá os dias contados. E não podemos aceitar isto, porque será também o fim da carta das Nações Unidas”, afirmou a ministra.
China pede à UE mais cooperação
Ainda no mesmo dia, o responsável pela política externa chinesa reuniu-se com o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, à margem da Conferência sobre Segurança de Munique, a quem disse que Pequim e Bruxelas são “parceiros e não rivais” e que “os consensos superam de longe as diferenças”.
Fonte: Euronews.pt
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