Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), afirmou, durante evento no Paraná, que dificilmente a proposta que revoga a autonomia do Banco Central (BC) será aprovada pelo Plenário da Casa. Lira destacou: “Tecnicamente o Banco Central independente foi o modelo escolhido pelo Congresso.”.
Segundo ele, a maioria dos deputados é favorável à autonomia do Banco Central. Isso porque a Lei Complementar 179/21, que dispõe sobre os mandatos do presidente e dos diretores da instituição não coincidirem com o do Presidente da República, tem sido levantada pela bancada da base do Governo Federal.
Neste sentido, o Deputado Federal Guilherme Boulos (SP), que é líder do PSOL, e mais 11 parlamentares, apresentaram o PLP 19/23, que trata sobre o assunto. Conforme apurado pela reportagem, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, tem sido alvo de críticas de membros que compõem o governo, pelo fato de o Banco não realizar revisão na taxa de juros.
Tocantins
A reportagem entrou em contato com todos os deputados federais e suas respectivas assessorias de imprensa, para saber o posicionamento de cada um sobre o assunto. Entretanto, até o momento, apenas dois deles se manifestaram: Alexandre Guimarães e Ricardo Ayres, ambos do Republicanos.
“O farei de forma analítica”, garantiu Guimarães.
Já Ricardo Ayres explicou, por meio de nota, que “ainda não é possível se ter um posicionamento e votação definidos. A proposta foi apresentada pelo PSOL recentemente, no dia 07/02, e sequer foi despachada pela presidência da Câmara. Desta forma, é necessário aguardar a designação das comissões, onde o projeto pode ser modificado pelos relatores e, a partir do texto final, junto com o nosso partido, tomaremos uma decisão. Adianto que estarei sempre a favor do Brasil e da retomada do crescimento da economia, levando em consideração a responsabilidade fiscal e as boas práticas.”.
O espaço segue aberto no RJN para o posicionamento dos outros seis deputados federais pelo Tocantins.