Mais de 1.400 pessoas morreram e cerca de 3 mil ficaram feridas na sequência de uma série de fortes sismos, com magnitudes entre os 6 e os 7.8 graus na escala de Richter, registrados no sul da Turquia, afetando também parte da Síria.
O balanço de vítimas está sendo atualizado por agências de notícias de ambos os países, citando fontes oficiais. Milhares de edifícios ruíram e há ainda muitas pessoas soterradas.
A agência de notícias turca Anadolu cita a Agência de Gestão de Desastres da Turquia (AFAD), que adiantou o registro de um sismo de magnitude de 7.4 graus, ocorrido às 04h17 (hora local – menos três horas em Lisboa), seguido de mais de 40 réplicas, algumas de 6.6 graus, e fala em pelo menos 284 mortos confirmados, 2.323 feridos e centenas de edifícios destruídos ao longo de diversas regiões do sul do país, sobretudo em Malatya.
A AFAD coloca o epicentro do sismo na região de Pazarcık, província de Kahramanmaraş, cerca de 100 quilômetros a norte da fronteira com a Síria.
O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, lamentou a tragédia e informou ter mobilizado equipes de busca e resgate para a região afetada pelo terremoto.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos registrou o abalo mais forte também pelas 04:17 horas da manhã, mas com uma magnitude de 7.8 graus, localizando-o em Nurdağı, cerca de 77 quilômetros a oeste de Gaziantep e 60 a norte da fronteira com a Síria.
A agência estatal síria SANA cita o Ministério da Saúde e fala em pelo menos “237 mortos e 636 feridos, a maioria nas províncias de Alepo, Hama Latakia e Tartous”. Nas regiões rebeldes, o balanço efetuado pelos “capacetes brancos” aponta para pelo menos 120 mortos.
A Associated Press (AP) eleva, entretanto, o balanço geral para, pelo menos, 640 mortos e cerca de 3 mil feridos entre a Turquia e a Síria, referindo informações recolhidas junto a agências e organismos oficiais de ambos os países.
A AP acrescenta que o sismo atingiu uma região síria controlada pela oposição ao regime de Bashar al-Assad, onde estarão deslocadas pela guerra civil cerca de quatro milhões de pessoas, muitas vivendo em habitações com poucas condições.
O tremor teve o epicentro a norte da cidade de Gaziantep, a cerca de 90 quilômetros da fronteira com a Síria, e foi sentido inclusive no Cairo, a capital do Egito, no Líbano, com vários residentes de Beirute passando o resto da noite em carros. Na Itália, foi emitido um alerta para possível maremoto na costa leste.
[Em atualização]