Em Kiev, tomam-se decisões para toda a União Europeia. A reunião desta sexta-feira irá formalizar os próximos apoios à Ucrânia e, sobretudo, responder à pretensão de adesão do país ao bloco europeu.
Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, chegou a Kiev esta quinta-feira, juntamente com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell e quinze comissários. A deslocação em si é já uma forte manifestação do empenho de Bruxelas em fazer face a Moscovo, mesmo sendo a quarta vez que Von der Leyen o faz desde a invasão russa.
Autoridades da Crimeia nacionalizam cerca de 500 propriedades ucranianas
As autoridades do território anexado por Moscovo em 2014 anunciaram o processo de nacionalização de perto de 500 propriedades de políticos e empresários ucranianos.
O presidente do parlamento local, Vladimir Konstantinov, precisou tratar-se de propriedades “pertencentes a bancos, empresas, infraestruturas turísticas e desportivas”.
NATO exige que Rússia cumpra o novo acordo nuclear
A NATO veio pedir, esta sexta-feira, que Moscovo cumpra o chamado Novo Start, o mais recente acordo nuclear entre Rússia e Estados Unidos.
A organização insta ao cumprimento das “obrigações assumidas em virtude do tratado, que facilitam as inspeções em território russo”.
Kremlin declara que o veto da UE ao petróleo vai desequilibrar os mercados
Moscow afirma que o novo embargo europeu aos produtos petrolíferos russos, previsto para o dia 5 de fevereiro, vai desequilibrar o mercado energético mundial.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que estão a ser tomadas medidas para proteger os interesses russos face a este passo.
Volodymyr Zelenskyy, o presidente ucraniano, considera que o país pode começar, já em 2023, as conversações com vista à entrada na UE, na sequência do avanço da candidatura oficial em junho do ano passado. O objetivo, demasiado ambicioso para alguns, seria aceder em 2026.
Von der Leyen pretende implementar mais sanções contra a Rússia a partir de 24 de fevereiro, quando se assinala o primeiro aniversário da invasão. Segundo a Comissão Europeia, as medidas já tomadas fizeram a economia russa “recuar uma geração”. Para Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Von der Leyen pretende aniquilar a Rússia, chegando a compará-la aos líderes nazis.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que Moscovo vai utilizar todos os seus recursos para responder à altura dos novos fornecimentos ocidentais de armas a Kiev.
A posição da Alemanha
Berlim afirma que pretende enviar mais tanques Leopard1, juntamente com os 14 Leopard2 já acordados na semana passada, escreveu esta sexta-feira o Süddeutsche Zeitung.
O problema nesta operação será a falta de munições para os modelos de tipo 1, uma vez que provêm de países como o Brasil, que recusam participar no envio de material bélico para a Ucrânia.
Fonte: Euronews.pt
Foto: AP/Ukrainian Presidential Press Office