Em uma eleição acirrada, o Senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) foi reeleito nesta quarta-feira, 1, com 49 votos, para presidir o Senado. Ele comandará o Congresso pelos próximos dois anos. O parlamentar obteve 17 votos a mais que o segundo colocado, o Senador Rogério Marinho (PL/RN), mesmo após a desistência do candidato Eduardo Girão (Podemos/CE). Em 2021, Pacheco teve melhor cenário, obtendo mais votos favoráveis, num total de 57. O número mínimo de votos é 41.
Apoio
Rodrigo Pacheco recebeu apoio do partido do Presidente Lula e também de outros cinco partidos: UB, PSD, MDB, PSB, PDT e Rede. Em 2021, Pacheco obteve apoio de Jair Bolsonaro (PL), que, na ocasião, ocupava a Presidência da República. Do outro lado, Marinho, que reuniu a ala bolsonarista do Senado, obteve apoio do PL, PP e Republicanos, mas não o suficiente para vencer Pacheco.
Em seu discurso após a vitória, Pacheco reafirmou: “E temos um desafio agora pela frente, a reforma tributária, um novo arcabouço fiscal, porque não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a responsabilidade fiscal no nosso país que é uma conquista da modernidade”, explicou o presidente reeleito.
Votação
A eleição foi feita com voto secreto e presencial e contou com os 81 senadores. A votação se deu por meio de cédulas de papel, inseridas em envelopes. A eleição dos novos membros da Mesa do Senado deverá ser feita nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, para a escolha de dois vice-presidentes e quatro secretários, com suplentes.
Perfil
O novo presidente do Senado tem 44 anos. Nascido em Porto Velho (RO), Pacheco cresceu em Passos (MG), junto à mãe, Maria Imaculada Soares, que era professora estadual, e aos irmãos. Aos 15 anos, mudou-se para Belo Horizonte (MG), onde concluiu a Faculdade de Direito, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), e iniciou a carreira.
Especialista em Direito Penal, ele foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, entre 2013 e 2015. Além disso, Pacheco foi auditor do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Minas Gerais e membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado de Minas Gerais.
Em 2014, foi eleito deputado federal. Na Câmara dos Deputados, Pacheco presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em 2018, ele foi eleito senador, com 20,49% dos votos de seu estado, Minas Gerais. No Senado, Pacheco foi vice-presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), no biênio 2019-2020.
Créditos da imagem: Câmara dos Deputado