Jornada Mundial da Juventude atrai mais de 400 mil jovens

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcada para agosto em Lisboa, já tem mais de 10 mil voluntários inscritos e mais de 400 mil jovens do mundo inteiro manifestaram interesse em participar.

Os números mais recentes foram anunciados, esta noite, por Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, coordenador da Igreja Católica para a JMJ. Em entrevista ao programa “Grande Entrevista”, da RTP3 de Portugal, ele explicou que, dos 400 mil jovens, 20 mil já pagaram a inscrição, tendo sido inscritos jovens de 183 nacionalidades.

Américo Aguiar, presidente da Fundação da JMJ, disse na entrevista, como de resto o Papa Francisco tem dito, que a JMJ é um evento para todos os jovens e religiões (ou sem religião). Estão sendo preparados eventos nomeadamente sobre diálogo religioso e serão montados mais de 50 palcos, em vários locais de Lisboa.

Sobre a visita do Papa Francisco, que vem a Lisboa participar da JMJ, Américo Aguiar explicou, na entrevista, que a chegada do Papa ainda não está “fechada”.

Certo é que o Papa participa da missa do dia 6 ,no Parque Tejo, e depois se encontra com os voluntários, no Passeio Marítimo de Algés. “Calculamos que os voluntários sejam de 20 a 30 mil”, disse.

No dia anterior, dia 5, participa também da vigília no Parque Tejo, onde os jovens vão dormir. Na sexta-feira, dia 4, também deverá estar na “Via Sacra”, que deverá acontecer no Parque Eduardo VII, onde é recebido na quinta-feira, dia 3 de agosto.

O Papa Francisco deverá chegar na quarta-feira, mas, segundo o responsável, poderá chegar antes. Francisco já disse que deseja ir a Fátima, cujo programa “não está fechado”.

Ele vai ter a sua agenda, que “só vamos saber mais em cima”, afirmou. Questionado sobre se terá encontro com vítimas de abuso sexual, disse: “não foi feita referência, mas acredito que sim”.

Américo Aguiar disse que os jovens, que podem totalizar mais de um milhão, vão ficar alojados junto de famílias (que podem se inscrever para receber os jovens, por exemplo nas paróquias ou na página da JMJ), mas também em locais coletivos, como pavilhões desportivos, escolas ou instalações militares.

Questionado também se as polêmicas relacionadas com os custos elevados da iniciativa não estariam afastando a sociedade do evento, o bispo disse que sim, e acrescentou que entende esse afastamento, mas pediu que lhe deem “o benefício da dúvida”

A iniciativa tem um custo de, pelo menos, 155 milhões de euros, segundo as estimativas mais recentes da Igreja Católica, do Governo e dos municípios de Lisboa e Loures.

Os custos da JMJ têm estado em destaque depois de ser conhecido que a construção do altar-palco do espaço do Parque Tejo (com nove metros de altura e capacidade para 2.000 pessoas), a cargo do município da capital, foi adjudicada à Mota-Engil por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

A JMJ, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai se realizar este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas mais de um milhão de pessoas.

As principais cerimônias da jornada ocorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Por Arnaud Rodrigues, de Portugal.

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