A poucas horas da eleição que irá definir os rumos do Senado Federal, na escolha de quem irá compor a Mesa Diretora da Casa, a disputa para o cargo de presidente continua acirrada entre o atual Presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que visa a reeleição, e o Senador Rogério Marinho (PL/RN).
Quem for escolhido pelos senadores, por meio do voto secreto, terá em suas mãos atribuições como definir se haverá ou não abertura de processo de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), aprovar embaixadores e sabatinar futuros ministros.
Próxima indicação
A primeira indicação para ocupar uma cadeira no STF ocorrerá neste ano, após o mês de maio, momento em que o Ministro Ricardo Lewandowski deixará o cargo, após completar 75 anos. Caberá ao Presidente Lula indicar o próximo ministro. Dos 11 ministros do STF, sete foram indicados pelo PT, nos três mandatos do partido na Presidência da República.
Veja as possibilidades
Para garantir a Presidência do Senado, o candidato precisa de, pelo menos, 41 votos favoráveis. Entretanto, se isto não ocorrer, a votação segue para segundo turno ainda nesta quarta-feira, 1º de fevereiro. O Senador Eduardo Girão (Podemos/CE) também disputa o cargo.
Rodrigo Pacheco
Um total de 12 senadores (nove do PT e três do PDT) já confirmou estar do lado do Presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que busca a reeleição e possui aliados da base do Presidente Lula e de partidos de centro.
Outros apoios também foram manifestados: dez do MDB, dois do PSB, um do Rede e um do Cidadania.
A perspectiva é que o somatório dê entre 50 e 55, mas isso pode mudar, tendo em vista que o voto é secreto. Do lado do Presidente Lula, caso Pacheco seja reeleito, dificilmente uma pauta contrária ao STF irá se desdobrar, bem como qualquer outra contrária ao Presidente Lula.
Do outro lado
Do lado opositor, temos Rogério Marinho (PL/RN), conservador, ex-ministro de Jair Bolsonaro. Além dos 13 parlamentares do PL, a composição de apoiadores ao candidato poderá contar com seis do PP e quatro do Republicanos, num total de 23 votos.
Os demais partidos, como União Brasil (dez votos), Podemos (cinco votos) e PSDB (três votos), seguem divididos. A perspectiva dos corredores é que, do União Brasil, Marinho obtenha até seis votos. Mas, tendo em vista que a votação para Presidente do Senado ocorre de maneira secreta, por meio cédula de papel, e o congressista tem a opção de não revelar o seu voto, os números não são cravados, tornando-se apenas possibilidades.